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Mudanças climáticas afetam vendas de roupas de inverno em Minas



Foto: Débora Claro

 

Nos anos 60, uma gigante do varejo brasileiro lançava um comercial icônico com a pergunta "quem bate?" e a resposta simpática "é o frio", sinalizando a chegada da temporada de vendas de itens de inverno. Hoje, no entanto, as temperaturas amenas estão frustrando as expectativas dos varejistas de Belo Horizonte. Com o frio tardando a chegar, as vendas no setor de vestuário permanecem abaixo do esperado, e os estoques se acumulam nas lojas.

Uma pesquisa divulgada nessa quinta-feira (23) pela Fecomércio MG revela que 39% dos empresários de vestuário esperam um resultado melhor nas vendas em comparação com o inverno passado, enquanto 32,4% acreditam que a situação vai piorar em relação a 2023. Entre esses pessimistas, 59,6% apontam a falta de frio como o principal motivo para a queda nas vendas.

Os números mostram um declínio no otimismo dos empresários. Em 2023, 74,6% dos varejistas acreditavam que as vendas seriam iguais ou melhores que no ano anterior. Este ano, essa percepção caiu para 60,4%. Salvador Ohana, fundador da marca de roupas masculinas Klus e presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas/BH), prevê uma queda de 5% a 8% nas vendas de vestuário em relação a 2023. “Nosso segmento é altamente impactado pelo clima. Ano passado, neste mesmo período, já estava fazendo frio e os empresários já tinham começado a vender mais. Apesar das vitrines montadas, os produtos ainda não estão saindo das lojas. Nossa esperança é que o frio chegue de fato a partir do final do mês”, diz Ohana.

Enquanto o frio não chega, os lojistas estão sendo aconselhados a adotar estratégias criativas para atrair clientes. Ana Paula Bastos, economista da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), sugere o uso intensivo das redes sociais, realização de ofertas e promoções, e a flexibilização das formas de pagamento. Ela também recomenda que os lojistas evitem grandes volumes de encomendas e estabeleçam uma relação flexível com fornecedores para facilitar reposições rápidas caso os produtos comecem a vender.

Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, mantém uma visão positiva para o período de inverno, apesar das temperaturas mais altas. “Mesmo que o inverno não seja de temperaturas mais baixas como já foi no passado, o período ainda tem a incidência de sensação térmica mais baixa, costumes estabelecidos e a estação tem o seu charme, o que contribui com as vendas”, acredita.

A pesquisa da Fecomércio MG também mostra que a maioria dos empresários ainda não pretende baixar os preços para estimular as vendas. Apenas 20% planejam realizar liquidações, enquanto 29,8% afirmam que não adotarão essa estratégia. Outros 17,3% planejam liquidações no final de julho, e 15,8% no final de agosto.

Em resumo, os lojistas de Belo Horizonte enfrentam desafios significativos devido às mudanças climáticas e à falta de frio, mas continuam buscando maneiras de atrair clientes e manter as vendas durante a temporada de inverno. A esperança é que, mesmo que o frio chegue tarde, ele ainda traga um impulso necessário para o setor de vestuário.

fonte: O Tempo




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Postado por Nathália Coelho, no dia 24/05/2024 - 18:20


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