Foto: arquivo jornal CORREIO
O aumento dos casos de dengue no Brasil traz não apenas preocupações com os sintomas comuns da doença, mas também com suas possíveis complicações neurológicas, que podem afetar entre 1% e 5% dos pacientes contaminados.
Com o país ultrapassando os 4,2 milhões de casos previstos para o ano de 2024 pelo Ministério da Saúde, o maior surto de dengue em 24 anos, a atenção se volta não apenas para os sintomas típicos, como febre alta e dores articulares, mas também para os potenciais riscos neurológicos associados à doença.
Pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) indicam que complicações neurológicas, como Encefalite, Mielite, Neuropatia, Meningite e Guillain-Barré, podem afetar uma parcela dos pacientes infectados pela dengue. Estas foram publicadas na revista Neurology, destacando-se como um alerta adicional diante do atual cenário epidemiológico.
A neurocirurgiã Danielle de Lara, do Hospital Santa Isabel em Blumenau (SC), destaca a gravidade dessas complicações: "A Encefalite é uma infecção do sistema nervoso central que causa inflamação no cérebro. Já a Mielite é uma inflamação focal que pode afetar a medula espinhal, levando a danos neurológicos significativos. Além disso, a Neuropatia pode comprometer os nervos periféricos, resultando em perda de sensibilidade e atrofia muscular".
É importante ressaltar que essas complicações neurológicas apresentam maior risco em pacientes infectados pelos sorotipos 2 e 3 do vírus da dengue. Danielle de Lara também alerta para a possibilidade de manifestação dessas doenças em casos de reinfecção por dengue, assim como em indivíduos que já contraíram Zika, Chikungunya e Febre Amarela.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 12/05/2024 - 10:20