Foto: Reprodução Internet
Uma criança de apenas 6 anos foi ferida e precisou de atendimento médico após ser atacada por um cão da raça rottweiler. De acordo com informações da Polícia Militar, o caso foi registrado no sábado, 13 de abril. A vítima e seu pai, de 39 anos, estavam chegando a um supermercado no bairro Santo Antônio (região Central), quando o animal, que estaria sendo conduzido na coleira, mas sem fucinheira, partiu para cima da criança, que teve a face, a perna e o braço lesionados.
A menina recebeu atendimento no hospital São Vicente e precisou de pontos. Felizmente, ela se recupera bem. Diante das informações, os militares iniciaram buscas ao proprietário do animal, que foi localizado transitando com o seu cão em via pública sem o uso de focinheira. O jovem, de 25 anos, foi conduzido pelo crime de omissão de cautela e apresentado à autoridade policial. O animal ficou sob a guarda de pessoa indicada, tendo em vista a falta de meios para realizar o recolhimento.
Infringindo a lei
Não se trata de algo recente. Há 20 anos, foi aprovada a Lei n/ 4622/2004, que ‘Dispõe sobre a posse e condução responsável de cães de médio e grande porte, e dá outras providências’. O texto estabele que ‘a condução em vias públicas, logradouros ou locais de acesso público, de cães das raças pit bull, rottweiller e mastim napolitano, além de outras de médio e grande porte especificadas em regulamento, deverá ser feita sempre com a utilização de guia curta de condução, enforcador e focinheira’. E que ‘os possuidores ou proprietários de cães deverão mantê-los em condições adequadas de segurança que impossibilitem a evasão dos animais’.
A Lei n/ 4622/2004 prevê, ainda, que qualquer cidadão poderá acionar a polícia, quando verificada a condução desses cães sem o uso de guia curta de condução, enforcador e focinheira, ou o descumprimento da obrigação prevista no Parágrafo Único do mesmo artigo. A infração ao disposto na lei sujeitará o possuidor ou proprietário do animal ao pagamento de multa no valor de 2 Unidades Fiscais do Município UFMs), sem prejuízo das demais sanções administrativas e penais cabíveis, o que corresponde, hoje, a R$167,44, e pode chegar a R$334,88 em caso de reincidência.
Mãe falou ao Jornal CORREIO
Passado o susto inicial, mas ainda bastante abalada, a mãe da criança falou a nossa Reportagem. Preferindo não se identificar, ela relatou que tudo aconteceu logo que a família chegou ao supermercado: “Ainda estávamos no estacionamento, quando fomos surpreendidos pelo cachorro. Ele veio do nada e puxou a bota da minha filha. Meu marido tentou afastá-lo por diversas vezes, mas o animal insistia em voltar. Ele estava ‘seco’ na minha filha”, contou.
Segundo a mãe da menina, ela está se recuperando, embora a situação tenha sido muito tensa: “Furou um buraco profundo no rosto dela, e também houve lesões no braço e no quadril. O cão chegou a furar o pescoço da menina”, declarou. Traumatizada com o ataque, a mãe também se mostra indignada: “O sentimento também é de injustiça; o rottweiler estava sem a focinheira. Ele não podia estar ali dessa maneira. Foi desesperador. O pai dela estava mais próximo no momento do ataque e muita gente que estava no estacionamento presenciou essa barbaridade, e ainda tentou ajudar a salvar minha filha”, ressaltou.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 01/05/2024 - 16:30