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Região


Anderson e Zelinho reeditam parceria e se declaram pré-candidatos a prefeito e vice de Congonhas

Os ex-prefeitos de Congonhas Anderson Cabido e Zelinho prometem, caso sejam eleitos, requalificarem a gestão pública e fazerem Congonhas dar um novo salto para o desenvolvimento e a modernidade.



Foto: divulgação


Um encontro no Sindicato Metabase de Congonhas na última sexta-feira, 1º de março, apresentou ao grupo de discussões políticas Manifesta a retomada da parceria de dois grandes nomes do cenário político local e regional e marcou o lançamento da pré-candidatura à Prefeitura da coligação que reúne a Federação PT, PC do B e PV, além da Rede Sustentabilidade, Solidariedade, PSB, AGIR e PSDB. Como há 20 anos, os ex-prefeitos Anderson Cabido (PSB) e Zelinho (PSDB) voltam a formar a chapa como pré-candidatos a prefeito e vice respectivamente. Após os mandatos de Anderson entre 2005 e 2012, Zelinho também governou a cidade entre 2013 e 2020.

Além da afinidade existente entre eles, avaliações feitas pelos partidos apontaram que parte considerável da população congonhense aprova a retomada da aliança das duas lideranças para a disputa do pleito que ocorrerá em 6 de outubro deste ano. Outro fator que os une é o desejo de redirecionar o município rumo ao desenvolvimento sustentável para propiciar qualidade de vida para a população.

Anderson Cabido manifestou sua intenção de ser candidato a prefeito de Congonhas novamente logo após a eleição municipal passada quando foi o segundo mais votado, mesmo com a decisão tardia de se candidatar. “Em 2022 mesmo, iniciamos um grande movimento chamado Manifesta, que discute o presente e o futuro de Congonhas, a partir da abordagem de temas específicos. Neste grupo conhecemos muitos talentos e oxigenamos nossas ideias. Com base em nossas experiências, estudos e nessas discussões permanentes com novas lideranças, iremos ousar, fazer diferente e melhor do que fizemos antes”, garante.

“Vivemos coisas muito boas e especiais que ajudaram a transformar a realidade da cidade, então reeditar aquela parceria que deu tão certo é, de fato, importante pra mim enquanto pessoa e político, mas tenho certeza de que é importante para a cidade, porque não é uma mera reedição, ela vem agregada de novos valores, propostas, desafios e talentos que se juntaram conosco. Temos uma esperança muito grande de que conseguiremos recolocar Congonhas nos trilhos e fazê-la dar um novo salto no seu desenvolvimento, como já foi lá atrás ao longo dos 16 anos de nossos mandatos e agora iniciaremos um novo ciclo de prosperidade para a nossa cidade”, afirma Cabido.

Zelinho lembra o motivo de terem tomado caminhos distintos no pleito anterior. “Antes da eleição de 2020, eu o consultei sobre sua intenção de se candidatar novamente, mas naquele momento ele ainda não havia se decidido e precisei apoiar outro candidato, o Christian. Quando Anderson se declarou postulante ao cargo de prefeito, acabamos dividindo nosso eleitorado e todos viram o que aconteceu. O atual prefeito venceu a eleição. Durante esses últimos três anos e meio, quando saíamos à rua, a população vinha nos pedindo que reativássemos a aliança para o bem da cidade, porque as pessoas sabem o que foi feito no meu governo e no do Anderson, quantos avanços conseguimos! Agora temos capacidade e obrigação de fazermos um governo muito melhor do que fizemos nos 16 anos que administramos Congonhas, quando adquirimos muita experiência. Se fomos bons, agora temos de ser ótimos”, considera Zelinho.

Emergências

Pré-candidato a prefeito de Congonhas, Anderson Cabido afirma que o atual quadro da administração municipal não permite que haja um só foco inicial, caso sua chapa seja eleita. “Temos atualmente um desarranjo muito grande da gestão municipal para termos um só foco inicial. Existem emergências para devolver Congonhas aos trilhos, como reestabelecer a eficiência administrativa, colocar áreas em seu lugar que atualmente estão desorganizadas como é o caso da saúde, educação, assistência social, da zeladoria da cidade, do cuidado com a aplicação do dinheiro público, entre outras. Depois de organizarmos a casa, focaremos em nosso plano de governo”, afirma o pré-candidato a prefeito, que completa:

“No Sebrae, oriento cidades pelo Brasil afora quanto ao desenvolvimento. Aí olhamos para Congonhas e vemos que a cidade pode muito mais. Nem conseguimos reconhecer todo o nosso potencial. Ela pode ser modelo, referência para tantas outras cidades como foi em vários setores durante os 16 anos  em que nós dois [Anderson e Zelinho] fomos prefeitos. Temos de recolocar Congonhas neste posto de cidade que ampara quem precisa, reduz as desigualdades, que seja próspera e sustentável. Se antes colocamos Congonhas em um novo patamar, agora faremos a cidade dar um novo salto, tornando-a mais moderna, mais integrada com esse mundo em transformação, provocando transformações reais na vida das pessoas para que estas melhorem significativamente”, promete o pré-candidato a prefeito, que, se eleito, contará com muito mais condições financeiras para fazer a gestão da cidade.

Arrecadação municipal

Quando Anderson foi prefeito, entre 2005 e 2012, os cofres públicos recolhiam cerca de R$ 1 milhão mensais referentes à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CEFÉM), que é a maior fonte de arrecadação do município. Na época de Zelinho, o valor era de aproximadamente R$ 3 milhões. Este último lembra que seu governo liderou um movimento pela aprovação do Novo Marco Regulatório da Mineração, com apoio do então Deputado Federal, Marcus Pestana, e dos prefeitos da AMIG [Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil]. A articulação fez esses valores chegarem atualmente a R$ 20 milhões por mês. Além deste recurso, os cofres municipais contam com outras fontes com a dos impostos pagos pelo setor mínero-siderúrgico.

“Então é preciso ter muita responsabilidade com o dinheiro público. Ouvi o presidente da Câmara Municipal, Igor Souza Costa, dizer durante a última reunião do Legislativo Municipal que a Prefeitura está fazendo várias desapropriações, como a de um galpão fechado por R$ 6,5 milhões [para a instalação da Feira do Produtor Rural], local que nem conta com estacionamento. É uma tristeza muito grande pelo o que está acontecendo em Congonhas. Estão gastando dinheiro a rodo, fazendo mal uso dos recursos. Por essas e muitas outras circunstâncias, está muito difícil a situação de Congonhas hoje em dia. São muitos erros da atual administração municipal”, comenta Zelinho.

Sobre os efeitos da atual gestão municipal sobre a cidade, Cabido também exprime seu sentimento: “Frustração gigante, a saúde é um ponto que dói muito diretamente na vida das pessoas, mas andar pela cidade já causa isso. Congonhas está em um estado de abandono, uma falta de cuidado com as pessoas”.

Relacionamento externo e atração de investimentos

Para Zelinho, o contato político com outras esferas de poder é muito importante, “porque, apesar da excelente arrecadação do município, captar recursos federais e estaduais como contar com o prestígio de órgãos, entidades e corporações é muito importante para o sucesso de um governo. Em nosso mandato, para citar somente o PAC Cidades Históricas, conseguimos captar cerca de R$ 45 milhões para restaurar nossos bens tombados e revitalizar outros espaços públicos. Do BNDES, conseguimos R$ 20 milhões para produzir as réplicas dos Profetas, e, após quase quatro anos, nem o contrato com o arquiteto foi feito ainda pela atual gestão municipal para executar o serviço”, exemplifica o pré-candidato a vice-prefeito.

“Concordo com o Zelinho, Congonhas não está isolada. Temos de conviver bem com todas as demais esferas de poder. O que ocorre no País, no Estado e em outras cidades nos impacta. Até por isso, teremos de eleger, em breve, também deputados da cidade para contribuírem para o desenvolvimento local e regional”, diz Anderson.

Financiamento de campanha

Cabido aponta um problema ainda não resolvido pela legislação eleitoral que poderá se manifestar em Congonhas. “Viveremos uma campanha completamente desigual do ponto de vista econômico. Haverá uma campanha que terá muito mais dinheiro do que a nossa. Importante a população entender que ter dinheiro não significa ter a melhor proposta. Confiamos muito que as pessoas não se impressionarão com essa diferença e que observarão o que está sendo proposto e o legado que cada um de nós tem deixado para a cidade”, diz o pré-candidato a prefeito de Congonhas, que considera essencial também a eleição para o Legislativo Municipal.

“Estamos construindo um grupo de vereadores muito forte para poder nos ajudar a fazer uma Congonhas bem melhor”, finaliza.

Trajetórias

Anderson Cabido – Prefeito em dois mandatos seguidos (2005 – 2012), foi um dos criadores do Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap) e um de seus presidentes. Também foi presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Tratamento de Resíduos Sólidos (ECOTRES), da Associação das Cidades Histórias de Minas Gerais (ACHMG) e um dos criadores do PAC Cidades Históricas. Presidiu ainda a Associação Nacional dos Municípios Mineradores (ANMM). É administrador e empreendedor e servidor de carreira do Sebrae, onde ocupa o cargo de analista técnico.

Zelinho – Vereador por dois mandatos, a primeira aos 23 anos, e na segunda vez foi presidente da Câmara Municipal. Vice-prefeito por dois mandatos (2005-2012), governou Congonhas também por dois mandatos (2013 – 2020). Presidiu o Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap), a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG) e o Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgência Centro Sul (CISRU), responsável pela regulação do SAMU Regional. Foi também secretário da Associação Mineira de Municípios (AMM), formada por mais de 800 cidades, e compôs a  OCBPM - Organização das Cidades Patrimônio da Humanidade na Confederação Nacional de Municípios (CNM).

 A oficialização da chapa Anderson Cabido/Zelinho ocorrerá durante as convenções dos dois partidos que deverão homologar os dois nomes para composição da chapa.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 03/03/2024 - 13:20


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