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Manter uma alimentação saudável e equilibrada nem sempre é uma tarefa fácil. Na correria do dia a dia, ou mesmo pela falta de consciência da sua importância, muita gente opta pelo mais rápido, mais fácil ou mais barato, sem se dar conta dos impactos que escolhas ruins causam a curto, médio e longo prazos. E quando há algum problema de saúde, esse descuido pode cobrar um preço ainda mais alto, uma vez que a forma como nutrimos o nosso corpo pode minimizar ou agravar o problema.
Neste Janeiro Branco – mês dedicado à saúde mental – a nutricionista Amanda Oliveira chama a atenção para a importância de buscar o acompanhamento médico sempre que necessário, aliando esses cuidados a uma boa alimentação: “A Associação Americana de Psiquiatria (APA) criou o DSM 5 ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais para ajudar nos diagnósticos clínicos, uma vez que todos nós temos pensamentos, percepções, emoções e comportamentos incômodos esporádicos. Porém, isso não significa uma doença psiquiátrica. As doenças mentais têm tratamento medicamentoso e terapêutico. Porém, para alguns transtornos de personalidade, o tratamento é muito pouco procurado, como no caso do transtorno narcisista”, ressalta.
Entre as possíveis causas das doenças mentais, Amanda Oliveira cita fatores ambientais (estilo de vida estressante, condições de trabalho impróprias, hábitos alimentares inadequados), fatores socioculturais (contexto político e econômico, problemas financeiros, questões religiosas), fatores genéticos (histórico de doenças mentais na família) e fatores químicos (desequilíbrios químicos no cérebro, como baixa concentração de serotonina).
O impacto da nutrição – ainda segundo Amanda Oliveira, em todas as doenças mentais, a Nutrição tem atuação, pois a maioria delas gera compulsão alimentar ou dificuldade de se alimentar. “O Sistema Nervoso Central (SNC) inerva todo o trato gastrointestinal. Logo, tanto o Sistema Nervoso Periférico (SNP) Simpático quanto o Para Simpático, são afetados por uma má alimentação provinda de um transtorno mental. Isso reflete em má digestão, má absorção, estresse oxidativo/celular, ansiedade crônica, cansaço, fadiga, mau-humor, insônia, sensação de tristeza, desarranjo intestinal, disbiose intestinal, mal-estar, ganho ou perda de peso (sobrepeso, obesidade ou baixo peso)”, pontua.
E é bom estar atento, porque uma alimentação rica em produtos alimentícios, contendo ingredientes excitatórios do SNC, vai desencadear crises mais frequentes e mais intensas, dificultando o tratamento clínico e terapêutico: “Simples guloseimas, bebidas à base de cola, bebidas alcóolicas, excesso de carboidratos refinados, embutidos, gorduras e açúcar pioram o quadro metabólico e neurológico. Mas quem faz acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico e/ou nutricional tende a desenvolver uma maior habilidade de lidar com problemas potencialmente causadores de doenças mentais, pois melhoram sua capacidade de gerir pensamentos, emoções e de escolher alimentos saudáveis que irão contribuir para a melhora do quadro metabólico”, conclui.
Classificação social das doenças mentais:
• Transtornos neurocognitivos: Parkinson, Alzheimer ou outras demências
• Transtornos do neurodesenvolvimento: autismo, déficit de atenção (TDAH)
• Transtornos psicóticos: esquizofrenia, transtorno delirante
• Transtornos ansiosos: fobias, Síndrome do Pânico, ansiedade generalizada
• Transtornos depressivos: depressão maior, distimia
• Transtornos de personalidade: antissocial, borderline, transtorno bipolar, transtorno Narcisista
• Transtornos relacionados ao uso de psicoativos: como álcool, cigarro e drogas ilícitas
• Transtornos do sono: insônia, hipersonolência, entre outros.
Serviço
Nutricionista Amanda Oliveira
Pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva Funcional
Contatos: 37211007 / 997998600 e 992842063
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Postado por Nathália Coelho, no dia 15/02/2024 - 11:20