Foto: arquivo jornal CORREIO
O drama de quem trafega pelos 66 km de Lafaiete ao trevo de Ouro Preto pela BR-040 é, de longe, o problema mais sério enfrentado pelos usuários da temida, perigosa e mortal rodovia. São, de fato, os piores km da estrada, que liga o Rio de Janeiro, passa por Juiz de Fora, Barbacena, Lafaiete, Congonhas, Belo Horizonte e segue altaneira para Brasília. O trecho do trevo de Ouro Preto até Lafaiete funciona hoje como uma verdadeira roleta russa e é cheio de armadilhas, curvas perigosas, minério na pista, falta de acostamento e o pior: lotado de carretas.
Já perdemos a conta de quantas vezes foram pedidas melhorias para esse pedaço de estrada, que conta com um pedágio na região de Itabirito. A concessionária Via 040, que já entregou formalmente toda a rodovia, sob alegação de que não dá conta de cumprir o contrato assinado em 2014, simplesmente finge que dá manutenção; no entanto, continua cobrando rigorosamente o pedágio e, pior, sem contrapartidas. Com isso, a via pública, uma das mais movimentadas do país, continua cumprindo sua cruel missão de matar, mutilar e destruir sonhos.
Na página 8 desta edição, o Jornal CORREIO publica reportagem sobre um cortejo pacífico, organizado pelo Movimento SOS BR-040, e previsto para acontecer dia 17 de fevereiro, sábado, às 10h. O objetivo do evento é chamar a atenção para o estado de abandono dos 66 km mais mortais da estrada e anunciar as demandas do movimento para o trecho, cuja relicitação está marcada para acontecer em abril. Dados divulgados pela Ong mostram que pelo menos 159 pessoas devem morrer nesse trecho antes que as mudanças efetivas sejam realizadas. Ou seja, em se tratando de 040, o buraco é mais embaixo e ninguém está a salvo.
O Movimento SOS 040 espera a participação de mais de uma centena de veículos na carreata. "Reforçamos que será uma manifestação republicana, ordeira e pacífica. Para que isso ocorra de forma totalmente segura, já comunicamos à Polícia Rodoviária Federal e à concessionária via 040. Não haverá interrupção do trânsito e os veículos se manterão na faixa da direita, em velocidade condizente com o trecho e respeitando o Código Brasileiro de Trânsito", detalha. Os manifestantes acreditam que não sofrerão oposição da atual concessionária, visto que a manifestação não é contra a empresa, mas a favor de salvar vidas. "No aditivo assinado pela concessionária e União, existe cláusula que permite obras emergenciais com recursos públicos, que devem ser executadas pelo Governo Federal, sem interferência da atual concessionária".
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Postado por Nathália Coelho, no dia 05/02/2024 - 16:20