Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
A maior festa popular do Brasil é só em fevereiro, mas o clima carnavalesco já toma conta de várias cidades de Minas Gerais, especialmente com os ensaios de blocos e festas de pré-Carnaval. Por isso, a Cemig preparou algumas dicas para que os foliões festejem com alegria e evitem acidentes com a rede elétrica.
O engenheiro de Segurança do Trabalho Francis Nascimento, da Cemig, alerta que os responsáveis por planejar os eventos de Carnaval devem ficar atentos aos riscos de choque elétrico.
“Um exemplo muito comum é quando materiais metálicos são arremessados ou entram em contato com a rede elétrica. Eles podem causar curto-circuito e até mesmo rompimentos de cabos da rede de distribuição da Cemig. Isso pode causar situações perigosas, como fios energizados e incêndios, com risco de ferimentos graves e até fatalidades”, explica o especialista.
As decorações e alegorias carnavalescas também merecem atenção. Elas não devem ser fixadas em postes ou em redes elétricas. Os adereços, bandeiras e bandeirolas devem observar a distância de pelo menos 1,5 metro de distância em relação à rede de distribuição.
Outra recomendação importante é que as pessoas jamais devem se aproximar de fios no chão. “Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também”, orienta Francis Nascimento
Em caso de perigo e/ou acidentes, a população também pode acionar gratuitamente o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Militar: o telefone dos Bombeiros é 193, e o da PM, 190.
Levantamento de fios
Em anos anteriores, já houve registros de blocos carnavalescos de Belo Horizonte que chegaram a contratar “profissionais” para levantar fios da rede elétrica e também de telefonia e TV a cabo para que trios elétricos trafegassem pelas ruas de alguns bairros da capital mineira. Esse procedimento, além de criminoso, é totalmente inadequado e pode causar acidentes graves com a rede elétrica.
“Quando se levanta um fio sem ter a devida autorização, já se tem um erro. E ele pode ser ainda maior se olharmos os problemas que podem acarretar à sociedade. O movimento de levantar fios pode impactar a tração nominal do poste, além de resultar em contatos elétricos indevidos. Nos trios elétricos ou em qualquer outro local, as pessoas sempre devem manter a distância mínima de 1,5 metro em relação à rede da Cemig”, alerta o engenheiro.
Francis Nascimento salienta ainda que as redes de telecomunicações ficam posicionadas nos mesmos postes logo abaixo da rede elétrica.
“Não é permitido ‘suspender’ essas redes de telecomunicação. E, se o veículo de som ou trio elétrico se enroscar nesses fios, há risco de o poste quebrar ou, ainda, de o fio telefônico romper e ser projetado contra a rede elétrica, o que provocaria curto-circuito com risco de choque elétrico às pessoas próximas, lembrando que, neste período, ao lado do trio elétrico, temos dezenas, centenas e até milhares de pessoas. Uma atitude destas é uma enorme irresponsabilidade com os foliões ali presentes”, finaliza.
Alerta em ambientes domésticos
Além da folia nas ruas, é comum que amigos se reúnam em casas, sítios e outros ambientes para festejar o Carnaval. Contudo, até mesmo em ambientes mais caseiros os riscos de choque elétricos estão presentes, como, por exemplo, com aparelhos de som, refrigeração e churrasqueiras elétricas. Para prevenir acidentes desse tipo, siga essas dicas abaixo:
“As pessoas não devem jamais ligar aparelhos elétricos próximos às duchas ou piscinas. Além disso, é preciso que haja cuidado com os ‘improvisos’, mais conhecido como gambiarras, como, por exemplo, extensões e emendas com mal dimensionamento e fios desencapados, que podem causar acidentes elétricos”, afirma Francis.
Serpentinas metálicas
Há mais de dez anos vigora, em Minas Gerais, a Lei 20.374, que proíbe a produção, venda e uso de serpentinas metálicas e seus similares. O estabelecimento comercial que descumprir a lei - além de ferir o Código de Defesa do Consumidor - pode ter que pagar multa, que pode dobrar em caso de reincidência.
O engenheiro de Segurança afirma que as serpentinas e confetes comumente contêm metal em sua composição e podem causar curto-circuito, quando em contato com a rede elétrica. Por isso são itens perigosos e não devem ser utilizados. “Acidentes podem ser provocados por esses artefatos quando arremessados em direção à rede elétrica. Dessa forma, as pessoas não devem atirar, em hipótese alguma, nenhum objeto em direção aos cabos e equipamentos da Cemig, nem mesmo os sprays de espuma, que são condutores de eletricidade”, afirma.
O que se deve fazer em caso de colisões com poste?
Em um acidente de carro, em que haja a derrubada de cabos de energia na lataria ou no entorno, as pessoas podem se desesperar e querer deixar o automóvel o mais rápido possível. Contudo, o mais seguro é permanecer no interior do veículo.
“O correto é que a pessoa abra a porta e salte de forma a não tocar no veículo e no solo ao mesmo tempo e sempre longe do cabo partido. Ao cair no solo, a pessoa deve andar em passos curtos até se afastar do veículo ou do cabo partido. Apesar da dificuldade, esta é a forma de evitar o choque elétrico”, completa Francis Nascimento.
“Os veículos são projetados de tal forma para não conduzirem energia elétrica para o seu interior. Assim, o mais seguro para as pessoas é permanecerem dentro do automóvel até a chegada da Cemig para providenciar o desligamento da rede elétrica e permitir que o Corpo de Bombeiros faça o resgate com segurança”, explica o engenheiro.
Caso o veículo esteja funcionando normalmente, seu condutor pode dirigir para longe do cabo partido e chamar a Cemig, imediatamente, pelo 116.
Fonte: Agência Minas
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Postado por Rafaela Melo, no dia 16/01/2024 - 13:30