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Saúde


Psicóloga alerta para sintomas de depressão e tristeza e dá dicas de tratamento



Foto: Reprodução internet



 A tristeza é uma emoção natural do ser humano, como são os outros sentimentos básicos de alegria e de raiva. Geralmente a aparece após a perda de um ente querido; a perda de um emprego; decepções; sonhos perdidos, entre outros. Acometem as pessoas como resposta normal do organismo diante de dificuldades, tempos difíceis. É através destas respostas que a pessoa processa experiências dolorosas. Estes sentimentos não devem ser compreendidos como sinônimos de fraqueza. Todas as pessoas, em algum momento da vida, têm o direito de vivenciar.

Já a depressão se configura como uma outra ocorrência. Segundo o código internacional de doenças(DSM-5), a depressão é um distúrbio emocional reconhecido como doença. É um fenômeno interno com duração maior, caracterizado por tristeza constante e acentuada redução na autoestima.

De acordo com a psicóloga Renata Dias, a doença depressão distingue-se da tristeza normal pela duração dos seus sinais e pelo contexto em que ocorre. O tempo de duração da tristeza é variável de pessoa para pessoa. "Há pessoas que reagem em um tempo menor, de forma mais rápida; outras, demandam maior tempo, mas  podem ou não evoluir para um quadro depressivo.Na depressão, se observa uma tristeza persistente acompanhada de perda de interesse por atividades anteriormente prazerosas e dificuldades para realizar atividades diárias", explicou a especialista.

            

Sintomas

O diagnóstico de depressão deve partir sempre de um profissional qualificado. De forma geral, em um quadro depressivo, a pessoa deverá apresentar os sintomas, abaixo relacionados, por duas ou mais semanas consecutivas, na maior parte do tempo. A descrição destes sintomas é parte integrante do Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Transtornos Mentais (DSM 5):

*Humor deprimido e ou

*Perda de interesse ou de prazer para as atividades do dia –a -dia, de forma persistente e de ocorrência em todos ou quase todos os dias, acompanhados de pelo menos cinco outros sintomas:

_Perda ou ganho de peso acentuado sem estar de dieta;

_ Aumento ou diminuição do apetite;

_Insônia ou excesso de sono;

_Agitação ou lentificação, afetando o pensamento ou a fala;

_Fadiga, cansaço constante e perda de energia;

_ Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;

_Indecisão ou capacidade diminuída de pensar ou de se concentrar;

_ Pensamentos de morte recorrentes, vontade de morrer, assim como tentativa ou planejamento de suicídio;

- Irritabilidade ou ataques de raiva e de ansiedade, causando outros sintomas como tremor e suor;

_ Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as atividades diárias;

_Dificuldade de sentir prazer;

_ Desinteresse, falta de motivação e apatia;

_ Sentimentos de medo, de ansiedade, de insegurança;

- Desesperança, desespero, desamparo e vazio;

_ Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa;

_ Baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso;

_ Dificuldade de concentração, raciocínio lento e esquecimento;

_ Interpretação distorcida e negativa da realidade (como se o mundo fosse sem cor).

Diagnóstico

Segundo a psicóloga, a depressão é um fenômeno de natureza complexa e resulta de uma interação entre fatores hereditários, bioquímicos, hormonais, psicológicos e sociais. Fatores de riscos ambientais também poderão contribuir para desencadear a depressão, tais como: estresse; problemas financeiros; experiências emocionais desagradáveis.

Dados epidemiológicos revelam que a história de depressão na família é fator de risco para o diagnóstico, sendo que filho de pais com depressão apresentam três vezes mais chances de desenvolver o transtorno durante a vida quando comparados a filhos de pais não depressivos.É necessário um diagnóstico precoce para que se inicie um tratamento eficaz. A partir do momento em que o quadro começa a se instalar é importante buscar tratamento. Quanto mais rápido buscar ajuda, mais rápido a pessoa sentirá alívio de seus sintomas.

" O medo do estigma “não sou doido” impede que algumas pessoas procurem tratamento e desfrute de uma vida mais produtiva. Mesmo a depressão mais grave pode ser tratada, desde que a pessoa busque ajuda".

Tratamento

O tratamento envolve psicoterapia, medicamentos, outras terapias mais específicas e até procedimentos alternativos.

●   Sessões de Psicoterapia – o psicólogo ajudará o paciente a desenvolver estratégias para aumentar a autoestima, vencer a angústia e controlar a ansiedade. É fundamental o paciente trabalhar suas questões emocionais. As sessões deverão ser semanais e poderão durar de 6 meses a 1 ano.

●   Terapia Familiar – não somente o indivíduo depressivo sofre com sua doença, também seus familiares. Um dos objetivos da terapia familiar é trabalhar alternativas para lidar adequadamente com as relações  que podem ser destrutivas no núcleo familiar; e, através desse processo, reduzir os sintomas depressivos.

●   * Medicamentos – o profissional qualificado para prescrever medicamentos antidepressivo é o médico. E esses medicamentos, normalmente, passam a fazer efeitos após 3 a 5 semanas de uso.

●   Outros procedimentos alternativos – acupuntura, Yoga, Meditação, Reyk.

●   Adotar hábitos saudáveis como a prática de alguma atividade física juntamente com o cuidado com a alimentação.  Existem alimentos que apresentam substâncias que estimulam a produção do bem-estar.

●   * Investir em hobbies e ou atividades prazerosas (leitura, música, dança, atividades em grupo etc.) Auxiliam no resgate da autoestima e autoconfiança.

●   * Ajudar outras pessoas, sempre que possível. Ser solidário faz muito bem para a saúde mental.

Confira na próxima Reportagem a importância do apoio familiar e a prevenção




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Postado por Rafaela Melo, no dia 08/09/2023 - 13:33


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