foto: prefeitura de Congonhas
Há 243 anos, a cidade de Congonhas celebra o Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos, uma das festas religiosas mais antigas e tradicionais do Brasil. Oficialmente reconhecido pelo Papa Pio VI em 1779, o jubileu tem raízes que remontam a meados do século XVIII, quando o minerador português Feliciano Mendes trouxe a devoção ao Bom Jesus de Portugal para as terras congonhenses.
Segundo historiadores, Feliciano Mendes chegou a Congonhas em busca de ouro por volta de 1750. No entanto, sua saúde logo se deteriorou devido às condições difíceis de mineração. Recorrendo à sua fé, ele se curou e se dedicou ao restante de sua vida a promover a devoção ao Bom Jesus e arrecadar fundos para a construção de um templo em sua honra.
A construção da Capela do Bom Jesus começou em 1759, quando a primeira missa foi celebrada no local. Dois anos depois, Feliciano Mendes encomendou uma imagem do Bom Jesus em Portugal, que foi colocada no altar da capela. O número de peregrinos aumentou gradualmente, atraindo pessoas de várias partes da província e até de outras capitanias.
Em setembro de 1775, durante as celebrações dedicadas ao Bom Jesus, o músico Manoel Dias de Oliveira foi contratado para tocar durante três dias da festa. Em 1779, o Papa Pio VI oficializou o jubileu e concedeu indulgências plenárias aos fiéis católicos que participassem da festa.
O primeiro Jubileu oficial ocorreu em setembro de 1780, com a realização de missas festivas diárias e a presença de diversos sacerdotes católicos. A festa cresceu ainda mais com a inauguração de uma estação ferroviária em Lobo Leite, em 1886, que trouxe milhares de peregrinos de diferentes partes do país.
Hoje, o Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas é uma celebração religiosa e cultural que atrai fiéis e turistas de todo o Brasil. A tradição perdura há mais de dois séculos, reforçando a fé e a devoção ao Senhor Bom Jesus.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 08/09/2023 - 07:20