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O leite materno é o mais completo alimento, pois fornece nutrientes essenciais e importantes para o desenvolvimento cerebral, ao mesmo tempo em que combate infecções, evita diarreias e protege a criança contra bactérias e vírus.
Exatamente por isso, o recém-nascido alimentado apenas com o leite materno tende a se recuperar de doenças com mais facilidade e se mantém mais resistente. Dar de mamar também estimula o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. Estes sentimentos agradáveis são aumentados pela liberação de hormônios como a prolactina, que produz uma sensação de paz e carinho, e ocitocina, que promove um forte sentimento de amor e apego entre mãe e filho.
E não é só isso. Segundo a nutricionista especializada em Nutrição materno-infantil e Saúde da mulher Ingrid Santiago Lopes, a amamentação não só tranquiliza a criança como traz vários benefícios para a mãe: “Amamentar também ajuda a mãe a perder o peso ganho na gestação e acelera a recuperação após o parto. Isso porque o hormônio ocitocina, que o corpo da mulher produz durante a amamentação, faz com que o útero volte ao seu tamanho normal mais rapidamente e pode diminuir o sangramento pós-parto. Reduzindo a perda de sangue, a amamentação também pode evitar a anemia, problema que acomete muitas mulheres durante esse período. Também ajuda a prevenir osteoporose, doenças cardíacas, câncer de mama e de ovário, e depressão, além ser um ato prazeroso e que aumenta a autoestima”, detalha.
Mas se há tantos benefícios nessa prática, por que tantas mães deixam de amamentar seus filhos? A resposta, segundo Ingrid, está na falta de informação e de incentivo familiar: “Por desconhecimento, acreditam que outros alimentos possam ser mais nutritivos, práticos e benéficos ao seu bebê, trocando assim a amamentação por leites industrializados, ou mingaus, cereais e papinhas industrializadas - itens considerados calóricos e com nível elevado de açúcares e conservantes. Aliás, é bom alertar: o consumo desses alimentos pode induzir ao desenvolvimento de diabetes, alergias e obesidade infantil”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, qualquer criança pode - e deve - se alimentar exclusivamente de leite materno nos seus 6 primeiros meses de vida. “Ela não precisa comer ou beber mais nada – nem mesmo água ou chás, pois no leite há tudo que o bebê necessita para estar nutrido, crescer e se desenvolver com saúde. Passados os seis primeiros meses de vida devem ser inseridos na alimentação da criança papinhas de frutas e de legumes – sem interromper a amamentação, que pode ser continuada até os 2 anos de idade”, acrescenta a nutricionista.
O ato de mamar influencia, inclusive, na fisiologia do bebê. “Segundo pesquisas, a criança que mama no peito desenvolve melhor o rosto, a boca, a fala, a mordida e, principalmente, o sistema respiratório e imunológico. Já o uso de chupetas e mamadeira faz com que o bebê desaprenda a mamar no peito, estimulando, assim, o desmame precoce e diminuindo a produção de leite”, argumenta Ingrid Lopes. E se você ainda se prende às superstições e alguns costumes, é bom esquecer essa conversa de que tomar muito leite, beber cerveja preta ou comer canjica ajudará na produção de leite. “O que estimula a produção nos alvéolos mamários é a própria sucção do bebê, ou seja, quanto mais mamadas, mais leitinho. Tanto que boa parte do leite materno é produzida durante as mamadas”, finaliza.
Agosto Dourado
O 8º mês do ano recebeu o nome de Agosto Dourado, porque simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. Anualmente, entre os dias 1° e 7, é realizada a "Semana Mundial da Amamentação": um período destinado às informações sobre o aleitamento materno, a promoção, a proteção e o apoio.
Ingrid Santiago Lopes
Nutricionista funcional e preventiva
Nutricionista comportamental
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Postado por Rafaela Melo, no dia 01/08/2023 - 13:37