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A anemia falciforme tem característica hereditária (pode passar de pais para filhos, se ambos os genitores tiverem o traço da doença). Ocorre por causa de uma mutação genética, com a alteração no formato das hemácias (formato de meia-lua ou foice).
Isso gera um problema na produção da hemoglobina, proteína que dá a cor vermelha ao sangue e é responsável por transportar o oxigênio pelo corpo. A doença ocorre por lesões vasculares e anormalidade na coagulação. Entre os sintomas, dores fortes pelo corpo e cansaço.
A hematologista Ana Flávia Dias, explica que a doença pode apresentar sintomas comuns de anemia quando em crise, como palidez cutânea, fadiga, desânimo, dor de cabeça e outros. Mas quando ocorre uma acentuação no número de mortes prematuras das hemácias, podem desenvolver complicações, que são:
-Dores ósseas e articulares (chamadas de dactilites), causadas pela obstrução de pequenos vasos sanguíneos pelas hemácias deformadas.
-Dor torácica – causada também pela obstrução de vasos sanguíneos e por microorganismos infecciosos.
-Infecções de repetição devido queda da imunidade
-Sequestro das células do sangue pelo baço – levando a uma piora da hemoglobina basal (anemia), icterícia (amarelão), falta de ar e outros.
-Úlceras em pernas – devido à má circulação
-Ereção peniana espontânea e sem regressão (chamado de priapismo), devido obstrução dos vasos. Apresenta a necessidade de drenagem e se ficar muitas horas, pode culminar com amputação do membro.
-Derrame cerebral (AVC) – devido obstrução dos vasos ou sangramentos.
O diagnóstico da anemia, ainda de acordo com a especialista, é realizado desde 1992 em todo território nacional através do teste do pezinho, feito do 3º ao 5º dia de vida, ou através de um exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina. Ele é capaz de detectar a porcentagem de hemoglobina S presente na hemácia.“O tratamento das crises vai ser específico de cada apresentação, com medidas de suporte, como transfusões, hidratação, analgésicos e antibioticoterapia. Já o tratamento e controle da progressão da doença deverá ser realizado em consultas frequentes com um hematologista, onde serão avaliados uso de medicações, acompanhamento das vacinações, retirada do baço, antibioticoterapia preventiva e outras”, concluiu a hematologista.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 20/07/2023 - 14:40