Em abril de 2023, o volume de vendas do comércio varejista variou 0,1%, frente a março, na série com ajuste sazonal. Pelo quarto mês consecutivo, esse indicador não apresentou variações negativas. A média móvel trimestral variou 0,3%.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 0,5% frente a abril de 2022, nona taxa seguida no campo positivo. O acumulado no ano chegou a 1,9% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 0,9%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 1,6% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral ficou em 1,3%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 3,1%, acumulando no ano alta de 3,3% ante o mesmo período de 2022 e mantendo estabilidade (0,0) no acumulado em 12 meses.
Em abril, o comércio varejista brasileiro, na margem, apresenta estabilidade (0,1%) em relação a março, registrando quatro meses consecutivos sem variações negativas: 3,8% em janeiro, 0,0% em fevereiro, 0,8% em março e 0,1% em abril. Com isso, o patamar da série histórica ajustada sazonalmente se encontra 4,7% acima do mínimo local, que foi dezembro de 2022.
Cinco das oito atividades recuaram, na série com ajuste sazonal
Em abril de 2023, na série com ajuste sazonal, houve taxas negativas em cinco das oito atividades: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), Combustíveis e lubrificantes (-1,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,5%).
Por outro lado, entre março e abril, houve taxas positivas em três dos oito grupamentos pesquisados: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%).
No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 5,9%, enquanto Material de Construção recuou 0,8% na passagem de março para abril de 2023.
Cinco das oito atividades do varejo tiveram taxas negativas frente a abril de 2022
Em relação a abril de 2022, o comércio varejista mostrou taxas negativas em cinco das oito atividades: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-18,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-11,0%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-2,4%). Completando as oito atividades do varejo, três avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,0%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%) e Combustíveis e lubrificantes (8,7%).
No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 1,9% e Material de Construção recuou 7,6% entre abril de 2022 e abril de 2023. Já as vendas no Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 14,5% em relação a abril de 2022.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., no indicador interanual, apresentou queda pelo 12º mês consecutivo: para o mês de abril de 2023 o resultado foi de -18,0% em relação ao mesmo mês de 2022. No ano, o resultado é negativo em 12,4% até abril para o setor, perda mais intensa do que até o mês de março (-10,8%). Nos últimos doze meses, a perda também se intensifica: de -10,8% até março para -12,2% até abril.
O volume de vendas da atividade de Tecidos, vestuário e calçados caiu 11,0% frente a abril de 2022, terceiro resultado negativo consecutivo. Com isso, a atividade teve a segunda queda mais intensa, no indicador interanual, entre as oito atividades do comércio varejista. No ano, o setor acumula perda de 6,5% ante o mesmo período de 2022. O acumulado nos últimos doze meses passou de -5,2% até março para -7,8% em abril, intensificando o ritmo de perdas.
O setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda de 5,8% nas vendas frente a abril de 2022, contra aumento de 4,2% em março de 2023 frente a março de 2022. No ano, o setor segue registrando taxas de crescimento, mas com redução de intensidade: 5,9% até fevereiro, 5,2% até março e 2,5% até abril. Adicionalmente, em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 2,9% até março para 2,5% em abril, o setor também mostra redução de ritmo de crescimento.
O grupo de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 5,7% frente a abril de 2022, terceiro ponto consecutivo no campo negativo (-9,4% em fevereiro e -8,0% em março). No ano, abril foi o primeiro mês com resultado negativo (-0,3%). Nos últimos doze meses, no entanto, a atividade vem acumulandos ganhos pelos últimos 15 levantamentos: 6,7% até abril de 2023, sendo janeiro de 2022 o último mês a registrar perdas (-4,0%).
O setor de Móveis e eletrodomésticos apresentou queda de 2,4% nas vendas frente a abril de 2022, voltando a apresentar resultado negativo na comparação com o mesmo mês do ano anterior, já que o mês de março registrou aumento de 2,7%. Nos últimos 13 meses, a leitura interanual apresentou nove resultados negativos e quatro positivos. O acumulado no ano foi de 2,3% até março para 1,1% em abril, diminuindo o ritmo de perdas.
O agrupamento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento pelo segundo mês consecutivo no indicador interanual, atingindo 3,0% nas vendas frente a abril de 2022 (7,1% em março), após dois meses registrando quedas (-7,6% em janeiro e -0,7% em fevereiro). No acumulado do ano, a entrada do mês de abril (0,4%) representou uma inversão, uma vez que até março o setor acumulava perdas (-7,6% até janeiro, -4,3% até fevereiro e -0,4% até março). No caso do acumulado de 12 meses, há estabilidade no ganho: 4,0% tanto até março quando até abril.
As vendas de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo subiram 3,1% frente a abril de 2022, nono mês consecutivo no campo positivo (-0,3% foi a última variação não positiva, em julho de 2022). No ano, o setor acumula 2,7% de crescimento até abril, mesmo patamar de março (2,6%). O mesmo se dá para o indicador acumulado dos últimos 12 meses, que passa de 2,2% de ganhos até março para 2,1% até abril.
O volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes cresceu 8,7% frente a abril de 2022, ante uma alta de 14,3% em março de 2023. A receita nominal do setor teve queda de 19,3%. O acumulado no ano foi de 20,0% até março para 17,0% em abril, com redução no ritmo de crescimento das vendas. O acumulado nos últimos doze meses manteve amplitude similar de crescimento: 21,0% até março contra 20,8% até abril.
As vendas de Veículos e motos, partes e peças, que compõe o varejo ampliado, cairam 1,9% frente a abril, primeira queda após a alta de 10,8% em março. O setor tem alternado desempenhos positivos e negativos ao longo de 2023, uma vez que os resultados de janeiro e fevereiro foram 4,7% e -1,3%, respectivamente. Em relação ao acumulado no ano até abril, ao passar de 5,1% até março para 3,3% no mês de referência, a atividade aponta perda de ritmo. No caso dos últimos doze meses, o resultado é negativo e o mesmo para os últimos dois levantamentos: -1,4% tanto até março, quanto até abril.
Da mesma forma que o setor automobilístico, o grupo de Material de construção apresentou queda nas vendas frente a abril de 2022 (-7,6%), terceira consecutiva e vigésima nos últimos 22 meses. Os demais indicadores também apresentaram queda para a atividade. Em relação ao acumulado no ano até abril, ao passar de -3,3% até março para -4,3% até o mês de referência, a atividade mostra aumento no ritmo de perda. Nos últimos 12 meses, o patamar de perdas se sustenta: -8,4% até março para -8,3% até abril.
Também compondo o varejo ampliado, o Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo obteve sua segunda taxa positiva consecutiva: 5,4% em março e 14,5% em abril 2023. Anteriormente o setor havia registrado duas taxas negativas: -0,3% em janeiro e -9,2% em fevereiro de 2023. No ano, com a entrada de abril, a atividade passa a apresentar ganhos pela primeira vez: -0,3% em janeiro, -5,1% em fevereiro, -0,7% em março e 3,1% até abril.
Varejo cresce 1,9% no bimestre encerrado em abril
No bimestre encerrado em abril, na comparação com o mesmo bimestre de 2022, o comércio varejista registrou crescimento de 1,9%, quarta taxa positiva consecutiva (3,0% no quinto bimestre de 2022, 0,9% no sexto e 2,0% no primeiro de 2023). Quatro atividades acompanham o crescimento do indicador global e fecham o bimestre com resultados no campo positivo: Combustíveis e lubrificantes (11,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos (3,8%) e Móveis e eletrodomésticos (0,2%).
Por outro lado, quatro atividades fecharam o bimestre com taxas negativas: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-0,4%), Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (-7,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-9,2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-15,2%).
No varejo ampliado, o resultado para o segundo bimestre de 2023 foi de 6,0%, que é o segundo no campo positivo (0,3% no primeiro bimestre de 2023). Em termos setoriais, ainda para o varejo ampliado, Veículos, motos, partes e peças apresentou crescimento de 4,7%, Material de construção fechou com queda de 6,2% e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve resultado de 9,5%.
Vendas crescem em 16 Unidades da Federação em relação a março
Em abril, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista variou 0,1%, com resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraíba (3,6%), Pernambuco (2,3%) e Distrito Federal (2,0%). Por outro lado, houve resultados negativos em 11 UFs, destacando-se Espírito Santo (-4,3%), Amapá (-1,2%) e Paraná (-1,1%).
Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado teve resultados negativos em 17 das 27 UFs, com destaque para Mato Grosso do Sul (-7,3%), Rondônia (-5,1%) e Paraná (-5,1%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 10 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Bahia (4,8%), Minas Gerais (4,0%) e Maranhão (3,5%).
Na comparação anual, as vendas sobem em 17 das 27 Unidades da federação
Frente a abril de 2022, o comércio varejista nacional avançou 0,5% com resultados negativos em 17 das 27 UFs, com destaque para Tocantins (12,2%), Roraima (10,7%) e Alagoas (8,7%). Por outro lado, houve recuos em 10 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rio Grande do Norte (-7,1%), Rio Grande do Sul (-2,4%) e Goiás (-2,3%).
Considerando o comércio varejista ampliado, a variação entre abril de 2023 e abril de 2022 mostrou um aumento de 3,1%, com resultados positivos em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Tocantins (24,6%), Acre (15,7%) e Bahia (11,4%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram oito das 27 Unidades da Federação, com destaque para Mato Grosso do Sul (-12,0%), Ceará (-8,5%) e Rio Grande do Norte (-7,8%).
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Postado por Rafaela Melo, no dia 14/06/2023 - 21:30