Uma realidade que se repete há anos em Lafaiete: faltam médicos nas unidades na Estratégia de Saúde da Família (ESFs). Os PSFs, como são mais conhecidos, são considerados a porta da atenção básica e, quando bem estruturados, evitam as longas filas na Policlínica, além de identificarem os problemas mais cedo, tornando o tratamento mais eficaz para o paciente e mais barato para os cofres públicos. Mas nem sempre é possível manter essa estrutura funcionando da forma ideal. De acordo com o secretário de Saúde de Lafaiete, Saulo de Souza Queiroz, hoje faltam nove médicos na rede. E pior: essa realidade se repete há anos, arrastando-se desde gestões anteriores, o que acaba por penalizar quem mais precisa dos serviços.
O secretário confirmou que a cidade realmente enfrenta dificuldades para reter os médicos. “Por determinação do Ministério Público, os médicos têm horários a serem cumpridos e muitos desses profissionais estão com dificuldades para cumprir. Estamos tentando fazer um ajuste, junto com a lei e o Ministério Público, sobre os horários e também na parte salarial, para se ter uma solução sobre essa deficiência que a saúde do município vem enfrentando”, explicou o secretário, que vê no rodízio de médicos nos PSFs e nos Centros Regionais uma alternativa para minimizar os impactos enquanto não se chega a uma solução definitiva: “O que podemos garantir é que todos os postos estão com as equipes montadas e funcionando. Com o rodízio, cada período o médico estará em um local – manhã em uma unidade e tarde em outra - até que se resolva a situação”, esclarece.
Policlínica - o secretário também comentou o incidente ocorrido na Policlínica, no dia 30 de abril, quando parte do forro de gesso cedeu. “Entendemos que a situação foi divulgada, em alguns veículos, de forma maliciosa. O que ocorreu é que apenas uma pequena parte do teto de gesso cedeu, mas nenhum paciente, nenhum funcionário ficou ferido e as obras logo foram realizadas para resolver o problema. Ainda será feita uma revisão no telhado, e pequenas reformas internas para melhorar as condições de atendimentos aos pacientes e dar melhores condições de trabalho aos funcionários”, pontua.
Recém-integrado à pasta, Saulo de Souza Queiroz, agradeceu a oportunidade para fazer os esclarecimentos e pediu um prazo de 90 dias para que mudanças mais significativas possam ser sentidas no setor: “Nem tudo depende de mim ou do prefeito: há coisas que dependem do estado, da união, da legislação e de outros diversos pontos para que possam conseguir resultados efetivos e melhorias na saúde para o município. As dificuldades são muitas, os desafios são grandes, mas a equipe está unida, disposta e vamos trabalhar com todo comprometimento, carinho e disposição para que a saúde de Lafaiete possa atender bem, de forma humanizada e respeitosa, com todo zelo possível para salvar vidas”, finaliza.
Secretário de saúde, Saulo de Souza Queiroz, pediu um prazo para se fazer as mudanças
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Postado por Nathália Coelho, no dia 02/06/2023 - 10:20