Antônio Teixeira: “A quantidade de trens causou impacto e balançou muito as casas das pessoas”
Depois de semanas de transtornos, o fluxo de trens da MRS Logística foi, enfim, regularizado, e os moradores do entorno da linha férrea não convivem mais com o barulho excessivo e a preocupante trepidação em suas casas. Mas o estrago já foi feito. Pelo menos é o que afirmam nossos leitores. Segundo relatam, é possível ver danos na estrutura de algumas residências, ocorridos durante o período de trânsito atípico, quando composições que antes circulavam pela Ferrovia do Aço, no Sul de Minas, foram desviadas para a cidade.
Aposentado, Antônio Teixeira tem 74 anos – mais de 50 deles vividos às margens da linha férrea. E segundo avalia, o fluxo intenso de trens pode sim ter causado danos às estruturas das casas: “A quantidade de trens causou impacto e balançou muito as casas das pessoas, provocando trincas. Eram trens de carga com minério – coisa que não se via passando por aqui, extremamente pesados. Eles faziam as nossas casas tremerem. Queremos alguma providência por parte da empresa, antes que a situação piore”.
Wellington Camilo Eduardo: “Como as casas são antigas, já começaram a aparecer as trincas”
Morador da rua Fernandes Leão também há 5 décadas, Wellington Camilo Eduardo, 62 anos, revela o medo e a apreensão da comunidade após essa intensificação do fluxo pela linha férrea: “O barulho era muito alto e os trens passavam de meia em meia hora. Eram duas máquinas puxando e mais duas empurrando. E como as casas são antigas, já começaram a aparecer as trincas”, afirma o aposentado, que estende uma preocupação semelhante com o estado de conservação de um muro, que estaria sob a responsabilidade da MRS: “O muro deles está perigoso, porque pode cair e machucar alguém. Já pedimos solução muitas vezes, mas, até hoje, a MRS não fez nada”.
A queixa encontra eco na preocupação demostrada por Antônio Teixeira: “O muro da MRS, que separa a linha da nossa rua, está caindo. Há alguns 2 anos, uma caçamba de lixo desceu desgovernada pela rua e bateu no muro, danificando-o. Desde então, ele ficou apenas escorado, porque nenhuma providência, no sentido de resolver esse problema, foi tomada”.
Segundo os moradores, o muro da MRS que separa a linha férrea da rua está caindo
Uma leitora, que preferiu não ser identificada, reclama da falta de manutenção no local: “A MRS precisa manter a área que é responsabilidade dela limpa, como qualquer pessoa ou empresa deve fazer. Mas não é isso que acontece. As margens da linha férrea estão cobertas de mato, atraindo ratos e animais peçonhentos. Fora a quantidade de pernilongos. Quem mora na Fernandes Leão, como eu, não aguenta mais isso. Eles precisam tomar uma providência”, desabafa.
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Postado por Frances Elen, no dia 20/05/2023 - 18:20