Podendo ser provocada tanto pela proteína do alimento quanto pelo conservante usado na sua industrialização, a alergia ao camarão é uma reação do sistema imunológico que pode provocar consequências imediatas e até mesmo graves.
Quando o corpo humano é exposto a substâncias externas, o sistema imune as identifica e desenvolve uma resposta equivalente. Por vezes, essa resposta pode ser intensa, envolvendo sintomas que podem até mesmo colocar o indivíduo em risco de vida.
É o caso da proteína do camarão, localizada na casca do animal e responsável por 80% dos casos de reação alérgica. A reação em questão é mediada pelos anticorpos IgE, que agem como principal linha de defesa do corpo, reagindo de forma imediata.
Sintomas
Quando ingerida, a proteína do camarão, na grande maioria dos casos, pode causar os seguintes sintomas:
● Coceira
● Inchaço
● Garganta fechada
● Falta de ar
● Tontura e desmaio
● Náusea e vômito
● Dores abdominais
A reação pode ser mais intensa e difere de pessoa para pessoa. Existem casos, como o do influencer Brendo Yan da Silva, que faleceu devido a complicações causadas pela reação a um bolinho de camarão, onde a reação pode ser tão intensa que é capaz de colocar em risco a vida do paciente.
Tratamento e primeiros socorros
Nos casos onde ocorre anafilaxia, o pronto-socorro deve ser acionado imediatamente, pois o indivíduo corre sério risco de óbito. Nesses casos, e em outros onde a reação é imediata, é importante atender ao paciente com técnicas de primeiros socorros.
Afrouxar todas as roupas evita que o inchaço sufoque o paciente ou cause restrição dos vasos sanguíneos. Deitá-lo de lado é preciso para evitar que o vômito o sufoque. Por fim, massagear o peito no caso de falta de ar pode fazer toda a diferença no resultado do resgate, principalmente se o paciente tiver uma parada respiratória.
A ação mais importante, no entanto, deve ser o uso de uma injeção de epinefrina, que suprime os sintomas de uma reação mais grave. A injeção é comumente fornecida na forma de uma caneta com agulha retrátil e administração automática, que deve ser feita no braço ou nas coxas.
A injeção de epinefrina, no entanto, é uma medida que frequentemente é tomada apenas no diagnóstico da alergia.
Diagnóstico e prevenção
Brendo Yan da Silva era um influencer de 27 anos, natural de Natal, no Rio Grande do Norte. O jovem faleceu no dia 26 de abril deste ano, devido a complicações de uma reação alérgica causada por camarão.
No caso de Brendo, a reação foi forte o suficiente para causar internação. O influencer já tinha conhecimento da sua alergia, mas foi surpreendido por um erro honesto, aceitando um bolinho de camarão pensando que era de frango.
Para evitar tragédias como esta, é importante realizar testes e check-ups, especialmente após a reação, seja ela grave ou leve.
Para realizar o diagnóstico, o médico alergista pode pedir o teste cutâneo. Nele, uma pequena quantidade da proteína do animal é inserida na pele. Dessa forma, a reação pode ser verificada de maneira controlada e segura.
Muitos profissionais podem exigir mais testes, uma vez que pode haver confusão entre diagnósticos de alergia. A reação ao camarão, por exemplo, também pode ser causada pelo conservante utilizado. O metabissulfito de sódio, no entanto, tem uma reação que depende muito mais da quantidade ingerida.
Também é válido notar que a reação por anticorpos IgE pode não ocorrer, mas a reação por anticorpos IgG, muitas vezes referida como hipersensibilidade alimentar, pode causar sintomas similares, porém em longo prazo.
A complexidade das reações alérgicas demanda tempo e paciência durante o processo de identificação exata, mas os resultados diagnósticos são importantíssimos para o tratamento e a prevenção.
Uma vez diagnosticado, é importante que o paciente se atente às medidas com responsabilidade máxima. No caso mais frequentemente perigoso, o de alergia à proteína, é provável que o paciente também tenha alergia a outros frutos-do-mar, e o alimento deve ser totalmente removido da dieta.
Para continuar confortável e pleno, é ideal que o paciente procure a ajuda de um profissional nutricionista, formado em uma boa faculdade como a Unibta Digital e outras instituições com currículo especializado. Dessa forma, é possível explorar alternativas e manter uma satisfação mais plena com a própria dieta.
Se a reação alérgica é moderada, por exemplo, o paciente pode consumir o alimento sem a casca. E, se a alergia ocorre devido ao conservante, é possível consumir camarão fresco. No caso de hipersensibilidade alimentar, os sintomas costumam aparecer em até 7 horas após a ingestão, mas podem ser controlados com a escolha certa da quantidade ingerida.
O importante mesmo é que o paciente com alergia ao camarão esteja sempre atento, não correndo o risco de ingerir por acidente o alimento, que pode causar problemas sérios.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 04/05/2023 - 12:20