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Circuito Gastronômico em Congonhas aquece a economia local e a alma dos participantes




 

O feriadão em que se celebrou a figura histórica de um inconfidente também propiciou a congonhenses e visitantes rememorarem momentos inesquecíveis: aqueles vividos em torno de uma mesa. O 9º Circuito Gastronômico de Bares e Restaurantes, de Congonhas, idealizado e organizado por Patrícia Monteiro, contou com a participação de 15 estabelecimentos entre bares e restaurantes da cidade, que ofereceram a seus clientes habituais e aos novos atraídos pelo evento diversos pratos recheados de memória afetiva. Com o tema “Cozinha de Mãe”, o objetivo do já tradicional evento, que conta com o apoio da Associação Comercial Industrial e Serviços de Congonhas (ACISC), é fomentar a economia criativa da cidade, por meio da gastronomia.

Os pratos do Circuito Gastronômico de Bares e Restaurantes, de Congonhas, agradaram pela diversidade, a fartura com que foram servidos e pelo preço único e em conta no valor de R$ 38,00. Outro fator que contribuiu para a popularização do evento foi a realização de 41 shows. Alguns estabelecimentos que só abrem para o almoço ou jantar durante o ano ampliam os horários de atendimento durante os quatro dias de evento.

O Bar e Restaurante Beira Rio participou do Circuito Gastronômico com o Frango à Moda de D. Lilia. “Este prato busca fazer o butequeiro se lembrar da forma de cozinhar de nossas mães. Então preparamos frango com aquele carinho, caramelizado no açúcar, a batata recheada e o bolinho de arroz, porque é difícil um filho para o qual a mãe não fez esse quitute. O bolinho de arroz, pra mim, é a comida mais característica de mãe”, diz o proprietário Ernani Luiz dos Santos.

O comerciante conta que há pessoas que só frequentam bares em ocasiões como esta. “Tem gente só se vê em bar durante o Circuito Gastronômico ou no Carnaval, é uma coisa muito interessante isso. Mas tem também aquelas que não frequentavam o bar e que, a partir desse evento, tornam-se nossos fregueses. Sem falar que uma parcela considerável do público consumidor de bares e restaurantes se acostumou com o delivery durante a pandemia da Covid-19. Eventos como este colaboram para a volta desse pessoal ao nosso convívio”, afirma.

Enquanto conselheiro da ACISC, Ernani aposta em “iniciativas como esta e o próprio Pan Americano de Ciclismo, que acontecerá no outro final de semana em Congonhas, para fomentarem nossa economia. Em BH, está sendo realizado o Comida di Boteco com grande divulgação e movimentação da economia local. Em Congonhas, futuramente este circuito deve ser ampliado e contar com o apoio do poder público, para o bem do desenvolvimento do município”.

Buiú, um dos proprietários do La Parrila Real, em seu primeiro ano de portas abertas, ofereceu aos seus clientes o Churrasco da Déia: Contra Filé assado na Parrila uruguaia ao Molho de Vinho, acompanhado de batata ao Creme Roquefort. “Quem não gosta de churrasco? Na nossa família, este prato sempre foi feito pela nossa mãe no Dia das Mães ou em alguma outra ocasião comemorativa. Como já trabalhamos com a Parrila Uruguaia, que é assada na grelha, sem fumaça, de forma diferente das que assamos em casa, não tinha como servir outro prato. Temos ele no cardápio todos os dias”, reforça o comerciante, que completa: “Este evento atrai novos fregueses para degustar este e outros pratos. Há aquelas pessoas que não conhecem nosso estabelecimento e aproveitam a oportunidade para virem aqui. Isso acontece em todos os bares participantes”.

Também participaram do 9º Circuito Gastronômico de Bares e Restaurantes, de Congonhas, homenageando a “Comida de Mãe” os seguintes estabelecimentos e suas as respectivas receitas:

Bar e Restaurante do Gordinho – Segredos de Aparecida,

Choperia Xeque Mate – Frango ao Molho Madeira da D. Maria, Churrascaria Boi na Brasa – Gyutan ao Molho da D. Dalva,

Espaço Família – Picanha Suína da D. Sônia,

Jacubar – Memórias de Maria,

Kimtal – Bife à Rolê com Farofa de Alface da Vó Joanica,

La Torre – Segredos da D. Inês,

Point da Praça Itabira – Frango com Quiabo da D. Aurora,

O Tropeiro Churrascaria e Lanchonete – Dalena das Gerais,

Restaurante Cova do Daniel – Três é Demais da Adriana,

Restaurante Savanas – Franguinho da Marta,

Restaurante Malagueta – Tilápia à Parmegiana da D. Gorete, Santíssimo Bistrô – Costela à Moda da D. Rita.

Além de elevar o faturamento de bares e restaurantes, a movimentação gerada pelo evento produz um impacto positivo em toda a cadeia de suprimentos e serviços, o aquece a economia da cidade. Outros setores do comércio como supermercados, mercearias, sacolões, açougues, salões de beleza e loja de roupas também são beneficiados por eventos como este.  Bares e restaurantes investem em roupas de mesa, nos uniformes dos garçons, vasilhames, mesas e cadeiras e na contratação de mão de obra, artistas, alimentos e bebidas. O próprio bar ou restaurante tem um faturamento superior ao habitual.

Para a lojista Arlene, “o Circuito Gastronômico atrai público. Por isso, todos, mas principalmente as mulheres querem se arrumar para participarem. Minhas clientes adquirem acessórios, como lenços, tocas e luvas. Por mim, este evento aconteceria, pelo menos, duas vezes ao ano”.

Idealizadora do Circuito Gastronômico de Bares e Restaurantes, Patrícia Monteiro afirmou ao programa Participovo, da Rádio Congonhas 91.3, que encerrou “esta nona edição com o coração cheio de alegria. Mesmo antes de fechar o balanço, sabemos que foi um sucesso. Apesar do friozinho inesperado durante o feriadão, o evento aqueceu toda a economia. Um dos pontos altos foi a realização de 41 shows. Para um evento deste porte, é um número considerável e me deixou muito feliz, porque é mais diversão para o público e trabalho para os músicos. Oferecemos variedade gastronômica e musical. Agradeço aos apoiadores, como a ACISC e tantos outros, a toda a população de Congonhas, aos comerciantes e garçons e à minha equipe, porque todos contribuímos para o sucesso desta edição”.

Patrícia Monteiro também citou a “Comida de Mãe” que leva consigo no paladar e no coração. “Dona Rosa faz uma moqueca de frango muito boa e o empadão dela também é delicioso. Mas o que eu mais gosto do que minha mãe faz é a coisa mais simples: arroz, ovo e uma salada de tomate temperada com limão, comida que aquece a alma”, confidencia a produtora cultural.

Este e outros eventos atraem moradores de cidades vizinhas e contribuem para inserir o município no cenário da gastronomia mineira, o que novamente faz girar todo o comércio e gera desenvolvimento. Atualmente Congonhas conta com quatro circuitos gastronômicos, todos idealizados por Patrícia Monteiro: Festival da Quitanda, Circuito Gastronômico de Bares e Restaurantes, Doce Sabores de Casa em Casa e o Sabor Rural. Este último está agendado para os dias 17 e 18 de junho. “Precisamos de investimento nesta área, porque temos bons restaurantes, excelentes chefs e cozinheiros, que prepararam os pratos com muito carinho, e um público ávido por oportunidades de lazer e cultura”, finaliza a criadora do Circuito Gastronômico.

O presidente da ACISC, Edson Adriano, afirma que é uma das funções da Associação estabelecer parceria com criadores de iniciativas como esta. “Eventos que fomentem a atividade do comércio, da prestação de serviços e da indústria sempre irão contar com o nosso apoio. O Circuito Gastronômico de Bares e Restaurantes de Congonhas é muito importante exatamente por movimentar este e diversos outros setores de nossa economia”, avalia Edinho.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 27/04/2023 - 15:50


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