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Comunidade


Editorial: Lafaiete precisa de um choque de ordem e de educação





É sabido que o lafaietense é useiro e vezeiro – com raras e boas exceções, evidentemente – na arte de descumprir regras, leis e deveres. Geralmente, essas pessoas se preocupam mais com seus direitos, apenas eles, e vivem, parafraseando o saudoso Renato Russo, como se não houvesse o amanhã. Os populares que criticam a prefeitura por abandonar a cidade, por deixá-la suja e com obras por terminar, são os mesmos (com exceções) que não respeitam o horário dos caminhões de lixo, depositam detritos em qualquer lugar e a qualquer hora do dia, descumprem as leis básicas de trânsito, falam ao celular ao volante, compram produtos piratas e até roubados e camburam o sinal da TV por assinatura.

São essas mesmas pessoas, infelizmente, que também descem o sarrafo nos políticos considerados bandidos, chamando-os com adjetivos impublicáveis. Ao contrário de outras cidades, onde esse tipo de comportamento ainda é minoria e as boas regras, o respeito às normas vigentes, às leis, ao meio ambiente e às pessoas ainda prevalece, em Lafaiete acontece exatamente o contrário, quando os péssimos modos e a falta de educação se sobressaem.

É por essas e também por outras, que não conseguimos manter a cidade limpa e os acidentes de trânsito, por irresponsabilidade de alguns, pipocam pelas ruas do munícipio. A empresa da limpeza faz o serviço de manhã, e, à tarde, já está tudo sujo de novo. Essa situação calamitosa é combustível, inclusive, para a proliferação de delinquentes juvenis e adultos, que se multiplicam como pragas descontroladas. O ar que respiramos em Lafaiete é o do desrespeito a todo ser vivo que ouse morar e viver nessa outrora terra tranquila e hospitaleira. As causas desse levante do escárnio desenfreado são várias e mudam de acordo com o interesse dos desavisados, a começar pela sensação de impunidade.

Por conta da fiscalização deficiente, são raros os casos em que o cidadão é multado ou notificado por cometer deslizes no trânsito, nas ruas ou em seu próprio bairro. A banalização do "vai que cola" tornou-se via de regra de grande parte da população. O lema que prevalece é o da impunidade pura e simples. Cansados de reclamarem da sujeira, da violência, da falta de respeito no trânsito, das motos barulhentas, da inércia do poder público e do fim do poço, os bons estão preferindo "fugir" de Lafaiete e procurar outras plagas, onde o respeito a tudo e a todos, ainda prevalece em sua maioria. A salvação de Lafaiete passa, necessariamente, pela volta imediata do respeito a tudo e a todos.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 04/04/2023 - 19:20


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