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Editorial: Uma viagem tenebrosa na BR-040 e um pedido de socorro




 

No início da noite de terça-feira, dia 7, o editor do Jornal CORREIO da Cidade e Portal de Notícias CORREIO Online,  viveu um grande drama nos 66 km que separam o trevo de Ouro Preto da entrada de Conselheiro Lafaiete. O horário do martírio foi no início da noite e chovia naquele momento.

Alguns quilômetros atrás, a situação já se encontrava complicada por conta de dois acidentes no anel rodoviário de Belo Horizonte e que refletia na 040. Até o trevo de Ouro Preto, a situação estava sob controle, mas a partir daquele trecho, o quadro mudou radicalmente e ganhou ares de filme de terror.
Para início de conversa, depois do bairro Alfaphile não há mais faixas horizontais e apenas uma camada espessa de lama marrom, que faz os veículos chacoalharem a cada curva e nas aceleradas, que mal passam de 70km. Depois do pedágio, a via crucis assume contornos dramáticos e deixa – parafraseando Frei Tibúrcio – até o mais indiferente dos jacarés boquiaberto.

É impossível de se localizar na pista enlameada de minério, que fica ainda pior com a chuva, os faróis dos carros e dezenas de caminhões que trafegam na direção contrária. Para piorar, a circulação de caminhões, mesmo após as 19h, é ainda mais intensa. Diante desse quadro sinistro, o incauto chofer gruda as duas mãos no volante, reduz a velocidade e tenta seguir o carro mais próximo para não atingir a contramão da pista.

Uma viagem que deveria demorar, em condições normais, no máximo 1h, durou cerca de duas, mesmo assim em condições adversas. A chegada na Barreira, em CL, foi um alívio e os pés e mãos estavam congelados e paralisados de tanto medo. Outros motoristas também enfrentaram os mesmos problemas e tomaram a mesma atitude, de seguir o carro da frente.

De duas, uma: ou resolvemos o problema dos caminhões de minério e duplicamos o que resta da 040, nesse pequeno trecho de 66km, ou ela vai acabar com todos nós, pois é muita gente que usa essa BR para trabalhar, ir ao médico e passear. Estamos à mercê da sorte e, hoje, pedimos socorro às autoridades, aos prefeitos da região, às centenas de deputados votados em Lafaiete, Congonhas, Ouro Branco e todo o Alto Paraopeba. Ajudem-nos, pelo amor de Deus! 




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Postado por Nathália Coelho, no dia 14/03/2023 - 20:20


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