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Região


Ouro Branco tem a 16ª melhor renda média no estado

Lafaiete vem em 31º; em 14 das 20 cidades, mais de 90% da população tem renda abaixo dos R$2mil



 

Divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) na última semana, o Mapa da Riqueza revelou um verdadeiro abismo separando cidades do Brasil e da região. Entre os 20 municípios analisados pelo Jornal CORREIO, a renda média da população variou entre R$1.486,22 e R$132,03. Ouro Branco foi o destaque positivo, ocupando o 16º lugar no estado, o 290º no país, e se colocando acima da média nacional (R$ 1.310). Lafaiete veio em segundo na região (R$1.249,67), foi a 31º no estado e ainda conseguiu conquistar o seu lugar acima da média mineira, que foi de R$1.153. Em 3º, Congonhas fecha a lista de municípios onde a renda média chegou aos quatro dígitos.

Conforme o estudo, em 14 das 20 cidades da região, mais de 90% da população não fez a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o que indica que a maioria das pessoas nessas localidades tinha renda inferior a R$ 2 mil. Em Santana dos Montes, esse percentual supera os 97%. Na lanterna, quatro cidades registraram renda média inferior a R$200. São elas: Santana dos Montes (R$132,03), Catas Altas da Noruega (172,01), Itaverava (189,27) e Rio Espera (198,18). A situação não foge ao que se vê no estado e em outras partes do país. A renda média da população nas cidades mineiras vai de R$ 62, em Verdelândia, até os R$ 8.897 apurados em Nova Lima - a mais rica não só em Minas, como no Brasil. Mas já no segundo lugar estadual há uma queda impressionante: dona do posto, Belo Horizonte registrou renda média de R$ 2.925.

Pandemia agrava desigualdades - o estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) disponível, que é o de 2020. Segundo o economista Marcelo Neri, um dos autores da pesquisa, a pandemia aprofundou a diferença entre 2019 e 2020. “O que foi constatado é que mesmo com o auxílio emergencial que preservou a renda dos mais pobres, a desigualdade não caiu em 2020, como se acreditava. Isso porque o ganho da classe média brasileira teve desempenho muito pior que o dos mais ricos. Os mais pobres tiveram a renda preservada, com crescimento de 0,2% devido ao auxílio emergencial. Os mais ricos perderam 1,5%. Mas a renda do meio da distribuição, a da classe média, caiu quase três vezes mais que isso, 4,2%. Isso levou a um aumento da desigualdade”.

O ranking completo, com informações de todos os 853 municípios mineiros, está disponível no site do Mapa da Riqueza, do FGV Social. Os dados também consideram qual é a renda média de quem declara o Imposto de Renda e o patrimônio líquido da população. A maior renda de declarantes do Estado também é de Nova Lima, de R$ 27.017. No Brasil, ela só perde para a dos declarantes da região administrativa do DF Lago Sul, em que chega a R$ 39.535. Na região, ela espelha a desigualdade. Segunda colocada em renda de declarantes, Ouro Branco (R$6.709,43) perde a ponta para Capela Nova – cidade com a oitava pior renda média da região entre a população em geral (R$291,37), onde apenas 4,25% dos habitantes declaram imposto de renda – ou seja, têm renda superior a 2mil. Mas a média entre esses habitantes de melhor posição social deixa as demais cidades do entorno no chinelo: R$6.853,89.

Em Ouro Branco, o patrimônio médio da população é de R$41.057,64, e em Lafaiete, de R$33.644,54. Entre Rios de Minas é a cidade da região com maior patrimônio líquido médio dos declarantes: R$220.597,55. Ela é seguida por Ouro Branco (R$185.352,17), Senhora de Oliveira (174.391,57), Carandaí (173.022,90) e só então Lafaiete (168.862,44). O menor patrimônio líquido médio dos declarantes está em Catas Altas da Noruega (57.237,37).




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Postado por Nathália Coelho, no dia 03/03/2023 - 11:20


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