A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja, geneticamente, determinada. "Demência" é um termo geral utilizado quando uma pessoa desenvolve dificuldades com raciocínio, julgamento e memória. Pessoas com demência, geralmente, apresentam alguma perda de memória, bem como dificuldade em, pelo menos, outra área, como: falar ou escrever com coerência (ou compreender o que é dito ou escrito); reconhecer ambientes familiares; planejar e realizar tarefas complexas ou com várias etapas.
Para serem considerados demência, esses problemas devem ser graves o suficiente para interferir na independência e nas atividades diárias da pessoa. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, que controla a memória e também na área essencial para a linguagem, raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
Os principais sintomas são falta de memória para acontecimentos recentes; repetição da mesma pergunta várias vezes; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais; irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.
A doença de Alzheimer costuma evoluir de forma lenta. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios: na forma inicial, há alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. Na forma moderada, observa-se dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, além de agitação e insônia. Na forma grave, há resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva. Na fase terminal, tem-se a restrição ao leito, mutismo (falando muito pouco ou de maneira incompreensível) e dor ao engolir.
A doença é incurável. O objetivo do tratamento é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces.
Como forma de prevenção, podemos citar oito dicas para promover sua saúde cerebral: exercícios, alimentação saudável, gastar tempo com família e amigos, evitar excesso de álcool, não fumar, controle de fatores de risco cardiovasculares ( hipertensão, obesidade, diabetes) e do stress, além de sempre buscar aprender coisas novas.
Dr. Igor de Assis Franco, Neurologista do Hospital e Maternidade São José
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Postado por Nathália Coelho, no dia 07/02/2023 - 20:20