Morador mostra a situação da ponte de entrada na comunidade; placa de rota de fuga contrasta
com a falta de urbanização
Moradores de Congonhas têm passado por momentos difíceis na cidade. Com as fortes chuvas, muitos bairros e distritos estão precisando de obras de reparo devido à enchente que ocorreu em janeiro deste ano. Além disso, problemas antigos ainda tiram o sono de quem mora em algumas comunidades mais afastadas.
Na localidade rural de Barra de Santo Antônio, que fica a 5 km do Esmeril, distrito de Congonhas e faz divisa com Jeceaba, através do rio Paraopeba, a situação não é diferente e é até mais grave. A moradora e representante da comunidade, Jane Hercília, sempre zelou pelo lugar e, como cidadã, ela relata que o local precisa de obras e melhorias, que são o mínimo para que as pessoas que ali vivem, possam ter mais dignidade. A comunidade é descendente de quilombolas e faz parte da cultura e história de Congonhas.
Após anos de cobranças ao governo municipal, Jane participou de uma reunião na Câmara Municipal, no dia 8 de novembro. Segundo ela, o atual prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza, Dinho, visitou a comunidade e, como promessa, cumpriria com o que a comunidade precisava como: abastecimento de água, estrada, ponte, saneamento básico, rede de esgoto, drenagem e calçamento. Porém, até o momento, nada foi feito.
Durante a reunião, os vereadores disseram que muitas dessas demandas já estão sendo providenciadas.
Em sua fala na Câmara, Jane afirmou que o prefeito atual não é o primeiro que fez promessas para a comunidade. “Estou com 55 anos e vejo a Barra de Santo Antônio viver só de promessas que nunca foram cumpridas. O único ‘progresso’ que chegou lá foram placas de área de risco, rota de fuga e ponto de encontro de barragens”, desabafou.
Ela ainda deixou uma reflexão para os vereadores: “De que adianta entrar milhões e milhões nos cofres da prefeitura se as localidades rurais não são atendidas e reconhecidas como parte de Congonhas”?
Solução do problema
O Jornal CORREIO entrou em contato com Jane que informou que até o momento nada foi feito no local. “O poder público, assim como os vereadores após a reunião, nem estiveram por lá”, pontua. Já o secretário adjunto de obras, Roberto Francisco, explicou que em relação a falta de água, já existe um projeto: “Assim que for finalizado, entrará na fase de contratação e execução. Outras demandas são os biodigestores (esgoto) que já estão sendo instalados, a extensão de rede (iluminação pública) com a troca das lâmpadas, e também haverá uma interferência na ponte que dá acesso a Jeceaba”.
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Postado por Mariana Carvalho, no dia 28/12/2022 - 13:14