Minas Gerais é responsável por produzir 200 milhões de litros por ano
Além de ser a terra do queijo, Minas Gerais também é a terra da cachaça. A tradição nos alambiques é antiga e o setor movimenta muitos municípios do interior, com a produção e venda da bebida. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil tem 5.523 marcas de cachaça e aguardente no mercado. Dentes, 353 estão espalhados por municípios mineiros, garantindo ao estado o título de maior produtor do país.
A produção anual atinge o volume de 200 milhões de litros e representa metade da produção anual. É um setor que gera mais de 100 mil empregos diretos. Promovida ao título de patrimônio cultural do estado, a cachaça tem até data comemorativa. O dia da cachaça mineira é celebrado em 21 de maio, escolhido por marcar o início da safra de cana-de-açúcar em Minas. Na época, Itamar Franco foi o governador responsável por regulamentar a produção.
O início dessa longínqua amizade tem registros com a chegada dos portugueses no país. Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), uma das vertentes teoriza que os imigrantes improvisaram uma bebida destilada com derivados do caldo de cana. Estima-se que a primeira destilação tenha acontecido em algum engenho no litoral entre 1516 e 1532. Com base nessas datas, a cachaça se tornou o primeiro destilado da América Latina.
Os municípios que se destacam, na região, são: Rio Espera, com seis estabelecimentos produtores, e Lamim, com cinco. Presidente Bernardes e Itaverava também possuem alambiques. A campeã do estado é Salinas, com 16 empresas.
Além da produção para consumo, o líquido também é exportado para outros países como Paraguai, Alemanha, Estados Unidos, Portugal e França, sendo estes os principais destinos. Esses dados foram coletados pelo Ibrac e correspondem ao levantamento feito relativo ao ano de 2021 e estão disponíveis para consulta pública no Anuário da Cachaça.
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Postado por Mariana Carvalho, no dia 19/11/2022 - 09:30