A Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2022 (EXPOSIBRAM 2022), realizada entre os dias 12 e 15 se setembro, no Expominas, em Belo Horizonte/MG, é um momento bastante oportuno para reafirmar à população brasileira a importância da atividade minerária, e como o setor está empenhado em contribuir para o crescimento econômico e social do Brasil.
Em paralelo à exposição, o Congresso Brasileiro de Mineração reúne especialistas, pesquisadores, estudantes e representantes das mais renomadas empresas, ocasião em que os palestrantes convidados debatem cenários e revelam as tendências do segmento. um fórum para compartilhar conhecimento, experiências e visões de futuro entre os participantes.
Como deve ser a mineração do futuro? "Responsável socialmente, ambientalmente e politicamente, além de focada em inovação", essa é a resposta de Wilfred Bruijn, CEO da Anglo American e presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Ele acredita que para alcançar esse objetivo é fundamental entender qual é o papel da indústria minerária na atualidade e quais são as demandas da sociedade.
No dia 14.09.2022, de 16h30 às 18h30, foi realizado o Painel “Desafios da Pequena e Média Mineração Sustentável”, que contou com a participação do Presidente do Conselho Deliberativo do Sindiextra, Fernando Coura, além de outros importantes palestrantes, como Alex dos Santos Macedo, da OCB Organização das Cooperativas Brasileiras, Fernando Valverde – Presidente Executivo da ANEPAC, Giorgio de Tomi , Professor do Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração Responsável da USP, Miguel Antônio Cedraz Nery, Gerente-executivo da ABPM e Tales Pena Machado, Presidente do Centrorochas. A moderação foi feita pelo Diretor da ANM, Tasso Mendonça Jr.
Em sua exposição, Fernando Coura contextualizou a importância destas empresas e as maiores dificuldades encontradas para a realização de uma mineração responsável e sustentável. Ressaltou que a questão ESG está no topo dos principais desafios e das principais reocupações dos executivos mundiais. Isto deve estar claro para as empresas que precisam se preparar para atender as demandas da sociedade que se traduzem atualmente na siga ESG.
Coura apontou, como grandes desafios: i) Segurança hídrica - escassez, conflito de uso e disponibilidade hídrica; ii) Gestão e tratamento de efluentes gerados do processo de produção; iii) Eventos climáticos extremos e adaptação às mudanças climáticas; iv) Tendências legislativas relacionadas ao aumento de impostos e novas obrigações / compensações ambientais; v) Gestão da transparência no relacionamento com as partes interessadas; vi) Expectativa das comunidades; vii) Pressão dos stakeholders e shareholders (acionistas).
Somados a estas, as empresas também enfrentam questões como o excesso de normas ambientais, de burocracia e de subjetividade; a demora na análise dos processos de licenciamento ambiental e a grande judicialização dos assuntos ambientais, que deveriam ter uma diretriz e posicionamentos baseados na ciência e na técnica, antes de tudo.
Por fim, Coura destacou que a realização de uma mineração sustentável deve observar a aplicação dos ODS em todas as suas fases, desde o planejamento ao fechamento da Mina. E, para as PMM, o desafio para o alcance da sustentabilidade em suas diversas dimensões é maior pelo fato de que é necessário empregar mais recursos financeiros em uma atividade que já e predominantemente de risco. Mas, sem assumir os compromissos e atender as demandas que o mercado e a sociedade atual requerem, não é possível ser responsável ou sustentável.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 27/09/2022 - 10:39