Engana-se quem pensa que os jovens de 16 a 18 anos estão desinteressados da política e das eleições gerais de 2 de outubro. Na reta final do prazo para a regularização do título de eleitor, 04 de maio, os jovens bateram recorde de novos títulos, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais de 2 milhões de brasileiros com 16, 17 e 18 anos se habilitaram para o primeiro pleito – número 47% superior ao de 2018, por exemplo.
Para reforçar esses números espetaculares, o Jornal CORREIO e portal de notícias CORREIO Online entrevistaram seis representantes dessa faixa etária, de vários bairros de Lafaiete, que explicaram o que, de fato, impulsionou a busca pelo primeiro voto: a percepção de que a vida do brasileiro piorou, a preocupação com o futuro e a sensação de que é necessário se engajar na tentativa de ver os temas e as demandas prioritárias, nas áreas da saúde, educação e economia seguirem adiante.
Arthur Souza e Silva, de 17 anos, morador do bairro Santa Matilde e estudante do ensino médio no Napoleão Reis, afirmou que tirou o título de eleitor porque não quer que outras pessoas decidam o futuro do país e do estado por ele. Ele explicou que tomou a iniciativa influenciado pela própria família e pretende votar em candidatos que tenham propostas e pensem no futuro da nação. “Nós temos o direito do voto e se você não recorre a ele e não o valoriza, você deixa que outras pessoas decidam por você”, observou o estudante, para quem os jovens são o futuro do Brasil.
Já a aluna Maria Angélica de Oliveira Vieira, também de 17 anos, do Napoleão Reis, e residente no bairro Arcádia, acredita que todos nós temos que exercer o direito ao voto e à cidadania. Segundo ela, antes de votar, é importante saber as propostas dos candidatos e se, de fato, foram ou são coerentes com seus direitos e deveres. Para a estudante, os candidatos que infrigem os direitos humanos e que fazem promessas que não estão a seu alcance não podem disputar um cargo público. “Tirar o título eleitoral é fundamental para garantir que a democracia continue vigorando e funcionando em nosso país”, concluiu.
Quem também foi entrevistada pelo Jornal CORREIO da Cidade, e se posicionou abertamente sobre o primeiro voto, foi a estudante Bruna de Lima Barbosa, 17 anos, moradora do bairro Paulo VI. De acordo com Bruna, ela vai votar em candidatos que pensem no coletivo, na sociedade como um todo e que não discriminem as diferenças. Para ela, é fundamental que as pessoas votem no dia 2 de outubro, pois a omissão só prejudica e ajuda eleger postulantes que não nos representam. “Todos nós temos direito a votar e esse direito não pode ser tirado de nós, principalmente dos jovens, pois somos o futuro da nação. Tirem o título de eleitor, e juntos vamos fazer um Brasil melhor”, destacou.
Na opinião de Lívia Brigolini, de 17 anos, do bairro Carijós, que estuda no ensino médio do Napô, o título de eleitor é um direito e uma maneira de mostrar a voz da sociedade. Ela conta que já gostaria de ter votado em 2018, porém não tinha idade para fazer o documento, mas este ano, vai votar pela primeira vez e foi uma vontade que surgiu naturalmente. “Pretendo usar o direito ao voto como algo que pode mudar a própria vida, e também de todos a nossa volta; o voto é fundamental para que o Brasil tenha uma democracia referência”, asseverou Lívia, reforçando que não vai votar em candidatos que manipulam pesquisas ao seu favor, não têm coerência com suas falas e que não conseguem manter boa relação nacional e internacional. Conforme explicou a aluna, é preciso levar o voto a sério, pois essa decisão impacta diretamente na vida das pessoas, para o bem e também para o mal.
Outra jovem que opinou sobre a importância do primeiro voto, foi a estudante Maria Teresa Trevisani de Andrade, 16 anos, do Colégio Queluz de Minas. Moradora do bairro Carijós, ela acrescenta que o ato de votar é uma forma de ter voz na sociedade por meio da escolha dos deputados, senadores, governador e presidente da república. “Vou avaliar a seriedade e o comprometimento dos meus candidatos. Prefiro postulantes que valorizem a vida e tenham a preservação e recuperação do meio ambiente como meta a ser atingida”, observou Maria Teresa, explicando que os jovens são o futuro do Brasil e o melhor jeito de melhorar a situação do nosso país é votando.
Por sua vez, Caio Felipe Peixoto Mendes, aluno do ensino médio do Napoleão Reis, disse que foi muito tranquilo tirar o título de eleitor e que esse processo teve o incentivo de sua família. Para ele, o candidato ideal é aquele que apresenta propostas justas e que busca beneficiar a maior parte da sociedade. “A escolha de nossos representantes é um direito importantíssimo e deve ser tratada com a seriedade devida”, afirmou, acrescentando que quer viver num país melhor e essa decisão depende de nós e do voto.
Estudante do Queluz de Minas, Maria Teresa, 16 anos, se sente motivada ao votar pela primeira vez
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Postado por Nathália Coelho, no dia 18/06/2022 - 16:00