A chegada do outono acende um alerta para quem sofre de alergias. É na estação mais seca do ano que as alergias respiratórias surgem com mais frequência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as alergias respiratórias, como rinite alérgica e asma, acometem cerca de 30% da população brasileira.
As temperaturas mais amenas e a queda da umidade relativa do ar são propícias para a transmissão de vírus e a proliferação de bactérias e fungos. E as principais causas das alergias podem estar dentro da própria casa. Ácaros da poeira doméstica e fungos são os vilões para desencadear a rinite alérgica e a asma, por exemplo.
Alguns cuidados são importantes para evitar o surgimento das alergias, como manter a casa sempre limpa e arejada; optar por aspirar o pó e passar um pano úmido, em vez de varrer; usar umidificador de ar; e evitar objetos que acumulem poeira, a exemplo de cortinas, carpetes, tapetes e bichos de pelúcia. Higienizar cobertores, edredons e travesseiros também ajuda a evitar as alergias respiratórias.
Além desses cuidados básicos, a farmacêutica da Drogarias Pacheco, Iwanna de Paula Furtado Gomes, destaca outras medidas que podem ajudar a amenizar os efeitos do clima seco. “No outono é comum as pessoas se queixarem de secura no nariz e na pele. Por isso, nessa época do ano, é importante realizar a lavagem nasal com soro fisiológico, no mínimo duas vezes ao dia, para hidratar a mucosa. Ingerir bastante líquido e usar hidratantes para o corpo também auxiliam na hidratação da pele e na eliminação da sensação de aspereza ocasionada pelo tempo seco”.
A farmacêutica enfatiza, ainda, a necessidade de procurar orientação médica em casos de crises alérgicas prolongadas para evitar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia. “A automedicação é perigosa e, por isso, a recomendação é buscar ajuda de um profissional da área de saúde para avaliar a situação e orientar sobre o melhor medicamento”, alerta.
Diferença entre alergia respiratória e gripe
Na alergia respiratória, os sintomas, geralmente, são espirros seguidos, tosse seca, coceira no nariz e olhos, congestionamento nasal, lacrimejamento excessivo e coriza.
Já nos quadros gripais, os sintomas são mais agressivos, como febre alta, dores de cabeça e no corpo, coriza, congestionamento nasal, tosse com secreção e, na maioria das vezes, dor de garganta.
Outro ponto que difere um quadro do outro é a duração. As gripes tendem a durar de cinco a sete dias, já as alergias respiratórias, se os agentes causadores não forem tratados, podem persistir por mais tempo. O importante é se cuidar e, em caso de piora do quadro, procurar uma unidade médica para buscar o melhor tratamento.
Sobre o Grupo DPSP
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Postado por Mariana Carvalho, no dia 12/04/2022 - 11:31