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Cultura


Vencendo imprevistos, Curso de Formação de Atores é o celeiro da Casa do Teatro

Mudanças sucessivas de sede não impediram que o trabalho fosse realizado ao longo dos anos, incentivando o amor pela arte e a resistência da classe artística



 

Dentro da série em que revistamos as quatro décadas de história da Casa do Teatro, falamos hoje do curso de formação de atores. Mas, agora, voltando o olhar para os espaços por onde ele passou e pelos professores que, cada um ao seu modo, deixaram um pouco de si nos nossos palcos. E foram vários, felizmente. A começar pelo idealizador desse projeto e referência, não só da Casa, mas do teatro amador do estado: Geraldo Lafayette. Quando as aulas começaram, em um espaço cedido na escola municipal Napoleão Reis, ele era o único professor fixo. Com aulas aos sábados, o curso contou com participações esporádicas dos professores Marcos Eurélio, Carlos Baêta, Geraldo Araújo e Iara Clark.

Foi em 2000 que a Escola de Artes Cênicas passou a funcionar em salas alugadas na avenida Prefeito Telésforo Cândido   de Rezende. Com a formação de novas turmas, o curso se estendeu por diversos   horários   e   dias da semana. Nesta mesma época, o professor Ulisses Dallas passou a ministrar aulas de expressão corporal. Dois anos depois, a Escola de Artes Cênicas se mudou novamente, e o antigo galpão da família Jardim, no Rosário, permitiu que um palco fosse construído, ampliando a agenda de apresentações teatrais.

Mas como em uma peça inédita, onde o público não sabe o que reserva o próximo ato, uma forte chuva de granizo atingiu a cidade, destruindo o teto do galpão. Esse imprevisto forçou o interrompimento das atividades, que passaram a acontecer, provisoriamente, na casa dos participantes. Em julho de 2004, com auxílio do então prefeito Vicente Faria, foi alugado um imóvel na esquina das ruas Horácio de Queirós e Assis Andrade, onde a Casa do Teatro voltou a funcionar. “Lá eram realizados os ensaios, aulas e outros eventos culturais, como a famosa ‘Noite da Canja’, além de exposições, encontros e reuniões político-culturais, que ao aproximar alguns agentes   da cultura local, possibilitaram a criação da Secretaria de Cultura, em 2005”.

Não demorou muito e a Casa já estava de novo endereço. Em 2007, os trabalhos passaram a ser realizados na rua Brasil, no antigo salão onde funcionava a danceteria Passa Tempo. E o melhor: o espaço contava com um palco e um grande salão, que permitiam a alternância de espetáculos com o Teatro Municipal.

O ano de 2009 chegou e, com ele uma nova interrupção nas atividades. “Devido à venda do espaço da rua Brasil, a Escola da Casa do Teatro ficou fechada por um tempo, até ser alugada uma sala na avenida Minas Gerais, próximo à escola estadual Monsenhor Horta. Com algumas limitações, o curso de teatro aconteceu lá até 2011, quando, por intermédio de Dannyete Dias e do presidente Nereu, uma importante parceria levou a Casa do Teatro para o prédio do Clube Carijós, local onde o Curso acontece até os dias atuais”, relembra Geraldo.

Em 2014, após o falecimento de José Rodrigues de Almeida, a antiga casa na rua Olegário Pinto, ficou vazia. O espaço onde tudo começou, em 1982, foi totalmente reformado para   abrigar   o   acervo da instituição. “É neste endereço que funciona a sede permanente da Casa do Teatro. Hoje as atividades se dividem entre a sede, no bairro São João, e o Clube, no centro da cidade. Durante todos estes anos de atuação, passaram pelo curso mais de mil alunos. Entre os professores, registramos: Geraldo Lafayette, Elis Angela, Marcos Eurélio, Nathália Lobo, Mônica Torelli,  Natália Kelly, Didi Moura, Gustavo Andrade, Mariana Silva, Leley Silva, Regina Margon e Filipi Diaz, conforme a sequência acima”, finaliza.




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Postado por Frances Elen, no dia 05/04/2022 - 17:57


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