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Alta no preço dos combustíveis: Kit de hidrogênio é a nova moda da "internet" para aliviar o bolso do consumidor



 

Após novo reajuste nos valores dos combustíveis praticados pela Petrobras, com o preço da gasolina disparando para R$ 8,399 no Rio de Janeiro e o do diesel atingindo R$ 7,89 na Bahia, alguns brasileiros arriscam produzir o combustível de forma caseira. Muitas "soluções" não param de viralizar nas redes sociais para aliviar o peso no bolso do consumidor.

Confira abaixo uma das alternativas que tem circulado na internet: a “gasolina caseira”, feita com de óleo de cozinha reutilizado. A tal fórmula surgiu na internet há alguns anos, mas viralizou com a recente disparada nos preços do combustível derivado do petróleo nos postos, consequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Quem não quer abastecer gastando menos? Mas será que vale a pena correr o risco? Será que a gasolina alternativa realmente faz veículos funcionarem sem causar danos ao motor?

Inflamável, o hidrogênio então é direcionado para o sistema de admissão de ar do motor, para gerar combustão interna em conjunto com gasolina, etanol ou diesel. Alguns sites prometem redução superior a 80% no consumo graças a esse kit. Afinal será será mesmo que funciona ou é mais uma fake news?

De acordo com  com Everton Lopes, mentor em energia a combustão da SAE Brasil. O engenheiro, informou que adquirir os tais kits de hidrogênio equivale a jogar dinheiro fora, pois a quantidade de gás gerada é insuficiente para causar mudança significativa no consumo do motor.

Alto custo para se produzir quantidade suficiente de hidrogênio a partir da água, ainda é um grande obstáculo para as grandes montadoras globais Lopes explica que “A conta não fecha. A eletricidade necessária para extrair o hidrogênio da água com esses kits é maior do que a energia que o gás resultante é capaz de gerar no motor”.

Outro fator importante, segundo o engenheiro, as diferentes variantes do acessório não são homologadas pelas montadoras e sua instalação traz risco de danos ao propulsor e outros periféricos, como a própria bateria do veículo – sem contar a provável perda da garantia de fábrica.

“Por conta das leis cada vez mais exigentes quanto às emissões de poluentes, as montadoras investem bilhões de dólares para tornar os veículos mais eficientes em apenas alguns pontos percentuais. É para você desconfiar de uma tecnologia relativamente simples e acessível que traz a promessa de redução superior a 80% no consumo”.

Lopes pontua que, “se a conta fechasse”, carros abastecidos com água para gerar hidrogênio e movimentar as respectivas rodas já seriam uma realidade nas concessionárias. Contudo, o alto custo para se produzir quantidade suficiente de hidrogênio a partir desse líquido, em um processo conhecido como hidrólise, ainda é um importante obstáculo.

Fonte: site UOL




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Postado por Nathália Coelho, no dia 30/03/2022 - 15:20


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