P. de Souza
Repórter e articulista
Quem muito quer, nada tem. Assim pode ser classificado o início do período eleitoral de Lafaiete, que pode ter, nada mais, nada menos, que nove candidatos a deputados, sendo quatro federais e outros cinco estaduais. A história recente nos mostra que a cidade ficou anos a fio sem um representante sequer na Assembleia Legislativa e, portanto, sem voz e vez no parlamento mineiro.
O quadro mudou na década de 90 com o ingresso na ALMG dos ex-prefeitos Arnaldo Penna e José Milton Rocha e de 2012 até hoje com o deputado Glaycon Franco, que este ano já anunciou que é pré-candidato a deputado federal. Além dele, também já anunciaram suas pré-candidaturas para Brasília, o médico Júlio Barros, a professora Neuza Mapa e o líder comunitário Manoel Vespúcio.
No plano estadual, a briga promete ser mais intensa e disputada, já que cinco postulantes já sinalizaram que pretendem encarar o arranca-rabo do dia 2 de outubro, como pré-candidatos. Além de Giovanny Laporte - que ainda está indeciso se disputa as eleições ou não - outros nomes despontam como pretendentes, casos do líder empresarial Marcos De Paula, do presidente da CDL-CL, Aloisio Resende, do vice-prefeito Marco Antônio Reis Carvalho, e do líder estudantil Talysson Zebral.
A pergunta que não calar é a seguinte: será que Lafaiete tem votos suficientes para todos, inclusive as dezenas de paraquedistas que vão descer por essas plagas depois do carnaval? Por isso, é preciso repensar o pleito eleitoral sob a ótica de Lafaiete e da coletividade e isso inclui ignorar o próprio umbigo, coisa difícil em ano eleitoral. Ainda temos que contar com a votação que deve ir para outros candidatos, que só aparecem de quatro em quatro anos, ou que mantém cabos eleitorais na cidade, com migalhas eleitoreiras. Urge valorizarmos os nossos votos.
Nossa cidade, na pior das hipóteses, precisa manter pelo menos um parlamentar e trabalhar duro para eleger dois, na Câmara dos Deputados e na ALMG. Se isso não for possível, que pelo menos um, aquele que tiver mais chances e densidade eleitoral, seja sufragado nas urnas. Inadmissível é o município perder o seu atual deputado e não eleger ninguém, por conta do grande número de pretendentes e falta de empatia com o eleitor. É necessário repensar nossa maneira de votar, esquecer os interesses particulares, e focar na cidade, para não ficarmos à mercê dos políticos que só aparecem em CL de quatro em quatro anos. A vitória ou a derrota no pleito de outubro próximo é uma questão de tempo.
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Postado por Mariana Carvalho, no dia 01/03/2022 - 17:35