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Comunidade


Mãe de criança que morreu ao cair de toboágua em Caldas Novas questiona e cobra mais segurança no parque aquático




 

A tragédia que matou o menino Davi Lucas de Miranda, de 8 anos, em um parque aquático na cidade de Caldas Novas, Goiás, no último domingo, 13, ao cair de um toboágua chocou não só os moradores de Conselheiro Lafaiete, cidade em que ele vivia com os pais e o irmão, como também todo o Brasil. O corpo da criança foi velado nesta tarde, 14, na cidade. 

A mãe, Jaqueline Rosa desabafou e disse  que "queria ir no lugar dele. Porque eu não tenho mais planos. Meus planos eram meus filhos”.

Segundo ela, Davi adorava passear em Caldas Novas. A viagem da família já estava planejada, mas precisou ser adiada por conta das fortes chuvas que atingiram Minas Gerais. Jaqueline e o marido, Luciano Miranda, preferiram remarcar a ida à cidade para garantir a segurança deles e dos filhos no caminho.

Ela conta que, no momento do acidente, estava preparando mamadeira para o caçula e que os filhos estavam com o pai. Davi pediu para ir ao banheiro e, como conhecia o local e sabia nadar, Luciano permitiu. Entretanto, a criança acabou tendo acesso ao toboágua em manutenção, conhecido por “Vulcão”, e caiu de uma altura de cerca de 15 metros.“Ele era uma criança de 8 anos. Só tinha uma fitinha [interditando o brinquedo]. Como não tinha ninguém lá?”, questiona.

Giliard Miranda, tio de Davi, conta que o menino já tinha ido outras vezes ao parque aquático. “Ele já estava acostumado. Dessa vez, como estava sem água dentro do brinquedo, por causa da manutenção, não amorteceu a queda. Ele não teve maldade quando viu a fita. Não tinha nenhuma outra barreira física”, disse.
 
O menino foi atendido, inicialmente, por guarda-vidas do parque e levado pelo Samu para o Hospital Municipal de Caldas Novas. Conforme os socorristas, o garoto estava em estado grave e chegou a ser intubado.

Uma equipe aérea do Corpo de Bombeiros foi acionada para transferir a vítima de helicóptero para Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas o menino sofreu uma parada cardíaca e a equipe teve que retornar. “Meu filho era uma criança maravilhosa, cheia de planos, um menino superestudioso. Ele só queria brincar. Mas meu filho não volta mais. Está doendo muito”, falou Jaqueline.
 
A família acredita que houve falha por parte do parque aquático e que o acidente poderia ter sido evitado.
“De fato, houve negligência do parque. É um lugar com muita circulação de crianças. Com certeza, se tivesse uma barreira física ou alguém tomando conta, ele não desceria de lá. Vamos esperar passar esse momento e vamos tomar as medidas cabíveis, até para que não ocorra com outras crianças”, afirmou Giliard.

A Polícia Técnico-Científica (PTC) fez perícia nesta segunda-feira (14) no toboágua. O resultado fica pronto em 10 dias. "Foi feita perícia no local e o exame cadavérico. Algumas testemunhas começarão a ser ouvidas no decorrer do dia para esclarecermos os fatos", explicou o delegado.

O grupo Di Roma disse que está prestando toda ajuda à família e que está consternado com a situação. O clube afirmou ainda que o Corpo de Bombeiros faz vistorias frequentes no local.

Leia o comunicado na íntegra:
"O Grupo DiRoma vem publicamente lamentar e prestar profunda solidariedade à família da criança que tragicamente se acidentou nas dependências do nosso complexo.
A área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias. O espaço, bem como todo nosso complexo, é vistoriado com rigor pelo Corpo de Bombeiros e possui todos os alvarás e licenças emitidos pelas autoridades competentes.
Em cinquenta anos de história e tradição, nunca o Grupo DiRoma sofreu uma tragédia dessa magnitude.
As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pela Polícia Civil. Estamos consternados, colaborando com as autoridades, oferecendo total suporte à família nesse momento de luto."

Fonte: G1




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Postado por Nathália Coelho, no dia 14/02/2022 - 19:16


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