Grupo Contagem
A partir desta edição, você acompanhará a história da Casa do Teatro – baluarte cultural da cidade que caminha para os seus 40 anos de fundação. O texto de hoje, escrito na perspectiva de seu idealizador, Geraldo Lafayette, resgata as origens de todo esse trabalho ao relembrar o surgimento do Grupo Colibri e os eventos que se somaram para o nascimento de um dos maiores festivais de teatro amador do país. Confira:
A caminho dos 40 anos, a Casa do Teatro se propõe a celebrar, mês a mês, esta data, tendo como parceiro, o Jornal CORREIO da Cidade, que fará o registro dessa história que já atravessa gerações. Acompanhem.
“Tudo começou junto à Paróquia de São João Batista, no mesmo local onde hoje funciona a Casa do Teatro. O ano era 1982. Naquela vizinhança ainda moravam Maria Luiza e José Rodrigues de Almeida, donos de uma casa sempre aberta às mais variadas ações da comunidade, desde o Grupo de Jovens JAC, à escola de samba, bloco de carnaval ou Guarda de Congado. Foi nesse rico e diverso ambiente que cresceu Geraldo Lafayette. Ainda criança, ele passou a reunir os amigos da rua para brincarem de ‘fazer teatro’.
Festiminas, em Betim, em 1994
E foi por este caminho que surgiu o Grupo Teatral Colibri: “O nome foi escolhido por causa de uma loja que na cidade encantava as crianças por sua vitrine de brinquedos. Na época, o grupo contava com a ajuda de algumas pessoas para dar vida aos seus projetos. Entre elas, Eustáquio Ágata, Maria de Jesus Silva, Roselaine Barbosa, Izabel Rezende, Cláudia Campos, Robson Pena, Benedito Severo e Rita Dias, Solange Barros e Marcos Ribeiro - esses três últimos permanecem na Casa até hoje”, relembra.
Tudo virava motivo para fazer teatro. Em casa, na igreja, na rua ou em palcos improvisados no fundo do quintal, o Colibri começava ali a alçar seus pequenos voos. Até que em 1985, com autorização do padre Cornélio, os ensaios passaram a ser realizados no altar da igreja e os garotos encenaram toda a Semana Santa. “Foi o começo do que conhecemos hoje. A brincadeira ficou séria”, recorda o teatrólogo. O tempo foi passando, outras ideias e pessoas foram chegando até que, em 1986, um acidente acabou por proporcionar uma pausa nos trabalhos, levando Geraldo Lafayette para Belo Horizonte, onde criou uma espécie de ‘filial na capital’.
Grupo BH, em 1997
Nomes como os de Terezinha Peixoto, Graça Almeida, Gaida Salobo, Margarida Miranda, Leo, Márcia, Flávia, Júnior, Tavinho, Cristina, Gutemberg, Tiene, Vina Del Mar, Marfiza Bandeira, Minervina Ferraz, Marcos Eurélio fizeram o pequeno grupo de Lafaiete se encontrar com grupos do Estado inteiro. Em 1989, com o apoio do Dr. Carlos Reinaldo de Souza, nos tornamos uma instituição, registrando o nome ‘Grupo Teatral Promocional Amador Colibri’. Nossa sede matriz era em Conselheiro Lafaiete e havia filiais em Contagem, Betim e Belo Horizonte”, detalha.
O ano de 1994 foi marcado pelo encontro com a Federação de Teatro do Estado de Minas Gerais (Fetemig) em um Festival em Betim. Surgiu dali a motivação para criar um curso de teatro em Lafaiete, concretizada em 1999, com participação de Penha Alves. Logo em seguida, em outubro de 2000, foi realizada a primeira Mostra Minas de Teatro na cidade – evento que, na sequência, deu origem ao Festival de Artes Cênicas (Face) que fez mudar nossa razão social retirando o nome de grupo para Centro Cultural Casa do Teatro”.
Fotos mais antigas do arquivo da Casa do Teatro mostram os integrantes do grupo na época
Acompanhe a série de reportagens sobre a Casa do Teatro de Lafaiete
Casa do Teatro celebra quase quatro décadas em Lafaiete
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Postado por Frances Elen, no dia 04/02/2022 - 11:52