Desde o início da pandemia da covid-19, o uso de máscaras se tornou a medida imediata para evitar que a doença se espalhasse de maneira ainda mais acelerada.
Mesmo com a vacinação, ainda é uma prática recomendada e muitas vezes obrigatória, considerando os riscos e as temidas variantes da doença. Porém, isso levanta a questão: qual a melhor máscara para covid-19?
De modo geral, é comum encontrar diversos modelos de máscaras para se proteger, mas é essencial entender como elas funcionam, quais fatores influenciam sua efetividade e como cada modelo se sai quando avaliado por essa perspectiva.
Vale lembrar que o uso de máscaras para evitar contaminação de outros patógenos por inalação é comum em alguns países, como China e Japão. Nesse caso, uma pessoa pode usar o item para não ficar doente ou evitar a transmissão de terceiros quando sentir sintomas.
Pode-se dizer que a escolha da melhor máscara para se proteger da Covid-19 é tão importante quanto utilizá-las corretamente, cobrindo completamente o nariz, boca e queixo, evitando tocar a parte externa e higienizando as mãos sempre que o fizer.
Quer saber como escolher o modelo certo e o que influencia a sua eficiência? Então continue lendo!
O que são máscaras faciais?
Em uma definição generalizada, máscaras são consideradas EPIs, ou seja, equipamentos de proteção individual, que servem para filtrar a respiração e impedir a troca de partículas entre o usuário e o ambiente que o cerca.
Dessa forma, são capazes de evitar que microorganismos, entre os quais estão os vírus da Influenza e Sars-Cov-2, sejam inalados com a respiração ou mesmo expelidos no ambiente em gotículas de saliva, caso a pessoa esteja infectada.
Em países da Ásia, o uso de máscaras para prevenção de doenças respiratórias é ainda muito comum, inclusive para evitar que pessoas gripadas contaminem outras à sua volta. O que não ocorria em outras partes do mundo, até sermos impactados pela pandemia.
Estima-se que o uso de máscaras para evitar a covid-19 tenha atingido 90% da população mundial, sendo essa uma exigência de efetividade comprovada e aplicada pela maioria das autoridades em saúde pública.
Quais fatores influenciam na eficiência das máscaras?
Para verificar a efetividade de cada tipo de máscara, antes precisamos analisar como a doença é transmitida. No caso da covid-19, uma pessoa que apresente sintomas como tosse e espirros costuma ficar isolada como medida preventiva.
No entanto, a doença tem um período de incubação pré-sintomas de 2 a 15 dias, além de ocorrerem pacientes assintomáticos. Por conta disso, medidas para prevenir a transmissão mesmo sem sintomas são muito importantes.
Como a transmissão por meio da saliva é a mais comum, devemos evitar que partículas microscópicas sejam lançadas ao ambiente e entrem em contato com o sistema respiratório, principalmente pelas mucosas da boca e narinas.
Nesse contexto, dois fatores são os mais importantes: a vedação e a capacidade de filtragem da máscara.
A vedação é basicamente a capacidade do EPI em isolar a região protegida, mantendo o máximo possível de contato com a pele do usuário, para que não seja possível que os contaminantes cheguem até a face.
A seguir, temos a capacidade de filtrar. Máscaras de proteção são desenvolvidas para proteger, mas também para permitir a respiração. Por isso, contam com microperfurações e/ou camadas que impedem a passagem de partículas, mas deixam o oxigênio fluir normalmente.
Portanto, esses fatores devem ser considerados ao observar o tipo de máscara e também o seu formato, já que é de extrema importância que ela se ajuste perfeitamente ao rosto, impedindo a transmissão por saliva contaminada ao falar ou respirar.
Tipos de máscara facial para proteção individual
Sabendo que o EPI deve oferecer boa vedação e filtragem, vamos avaliar como os modelos mais comuns no Brasil se saem nesse quesito, para que seja então possível identificar qual a melhor máscara para prevenção da covid-19.
Máscara PFF2/N95
Vamos começar por um dos modelos mais seguros e recomendados, que é o N95 ou PFF2. Essa diferença se dá por conta da padronização da ANVISA utilizar o termo PFF2, que tem as mesmas características que o padrão americano N95.
Esse modelo é de uso comum dos profissionais de saúde, por contar com uma excelente proteção contra aerossóis, ou seja, gotículas bem pequenas de saliva que podem ser lançadas ao ar e inaladas pela respiração ou por meio do contato direto.
São compostas por diferentes materiais e costumam apresentar várias camadas, para trabalhar melhor a filtragem. Além disso, o formato anatômico se ajusta melhor ao rosto, especialmente por ser comum a colocação de um arame na parte superior, para prender melhor na parte de cima do nariz.
É importante certificar que o modelo seja PFF2 ou N95. Isso porque é usual que as pessoas se confundam com a padronagem chinesa KN95, que não é aprovada pela ANVISA.
Máscara cirúrgica
A máscara cirúrgica é um modelo bem comum, utilizado em procedimentos gerais na área da saúde. Apesar de não apresentar muitas camadas, ela é fabricada em material capaz de filtrar partículas de tamanho extremamente reduzido, portanto são bem seguras.
Elas também contam com arame para ajuste no nariz, mas o formato não é tão anatômico quanto a PFF2, o que diminui a capacidade de vedação. É importante destacar que esse modelo é descartável.
Máscara de tecido comum
Finalizando, temos o modelo mais comum, que é a máscara de tecido. Feita em uma camada simples ou combinada de tecidos, funciona como um lenço sobre o rosto do usuário.
Na prática, mesmo modelos com mais camadas não são tão eficientes na filtragem, apesar de oferecerem alguma proteção. A vedação também é moderada, principalmente modelos que começam a alargar com o uso.
Qual a melhor máscara para evitar a contaminação por vírus?
Com todas essas informações, temos uma noção sobre qual a melhor máscara para prevenção da covid-19, gripe e outras doenças respiratórias.
Atualmente, a opção mais indicada é a PFF2/N95. Com ótima capacidade de filtragem de aerossóis e formato anatômico que pode garantir melhor vedação, ela oferece mais proteção ao indivíduo do que as demais.
Ela não é tão popular por vários motivos, principalmente o custo por unidade, uso descartável e a sua aplicação prioritária aos profissionais de saúde.
Como a pandemia teve início repentino, a fabricação industrial não foi capaz de atender o aumento na demanda. Por isso, foi recomendado que a população geral utilizasse máscaras de tecido, reservando a PFF2 e a cirúrgica ao setor da saúde.
Atualmente, a capacidade fabril foi ajustada e o modelo está mais acessível, sendo o mais eficiente para a prevenção.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 03/02/2022 - 09:42