A justiça autorizou que a prefeitura de Congonhas fiscalize a segurança da estrutura da barragem Casa de Pedra, da CSN. De acordo com a decisão, as empresas teriam obstado [atrapalhado] o trabalho de fiscalização da "Defesa Civil" da cidade. O juiz José Aluísio Neves da Silva, de Conselheiro Lafaiete também estabeleceu multa de R$ 1 milhão caso a mineradora volte a impedir a entrada dos fiscais no local e autorizou o uso da força, por meio da Polícia Militar, caso isso ocorra novamente.
Moradores de Congonhas temem que as chuvas que caem na região há vários dias, possam comprometer estruturas da barragem Casa de Pedra, que pertence à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Nos últimos dias foram registrados escorregamentos em parte da estrutura e imagens feitas diariamente por pessoas que vivem na região mostram que há água descendo de um dique. A empresa garante que a estrutura é estável.
A barragem Casa de Pedra tem cerca de 50 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério, quase quatro vezes mais do que a da barragem do Córrego do Feijão, que se rompeu em janeiro de 2019, matando 270 pessoas. Além disso, de acordo com informações do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), dois bairros - Residencial Gualter Monteiro e Cristo Rei - seriam atingidos pela lama de rejeitos em cerca de 30 segundos.
Em nota, a CSN MINERAÇÃO explicou que segue recebendo todos os órgãos fiscalizadores para inspeções na estrutura e reafirma que a barragem é segura e estável. Nesse domingo, 9, estiveram presentes no local a Agência Nacional de Mineração, a Defesa civil de Congonhas e a Polícia Ambiental.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 10/01/2022 - 10:53