Conheça Belo Vale, a “Terra da mexerica Ponkan”

Região preserva história, tradição e cultura aliadas à prática do desenvolvimento sustentável do turismo

O Museu do Escravo possui em seu acervo mais de três mil peças

Localizada a 58km de Lafaiete, encontra-se Belo Vale, a “Terra da Mexerica Ponkan”, uma das maiores produtoras da fruta. Com quase oito mil habitantes, o município conta sua história através da preservação dos patrimônios materiais, imateriais e grande diversidade cultural.
O supervisor de Cultura e Turismo, José Felipe Neto, conta a história de alguns importantes pontos turísticos da cidade. “Belo Vale possui a Fazenda da Boa Esperança, situada na comunidade de Boa Esperança, na zona rural. Esta fazenda foi construída no fim do século XVIII e pertenceu à família do Barão do Paraopeba. O local se tornou um dos principais estabelecimentos rurais da região, servindo de hospedagem a D. Pedro II em suas viagens por Minas”.
Para os amantes do turismo religioso, o município também não deixa a desejar: “Temos três igrejas do século XVIII, Igreja de Santa Ana, datada de 1735, Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, datada de 1760, e Igreja Matriz de São Gonçalo, datada de 1764. Estes templos religiosos, possuem altares esculpidos em madeira e que representam os estilos barroco, rococó e neoclássico. As três igrejas passaram pelo processo de restauração em sua parte estrutural e serão contempladas com a restauração dos elementos artísticos, restauro de imagens sacras, forros e altares”, relata José Felipe.
Dentre as belezas patrimoniais, estão, ainda, as Ruínas das Casas Velhas, na Serra do Mascate. Segundo José Felipe, estudos indicam que o lugar poderia ter sido um reservatório de alimentos ou até mesmo de munição, além da Calçada de Pedra da Serra, que escoava toda a produção da Fazenda Boa Esperança. “No centro da cidade, contemplamos a Beleza do Rico Museu do Escravo, o mais completo do gênero em todo o país e que preserva mais de 3 mil peças, antigas e réplicas”, afirma.
No âmbito do patrimônio imaterial, estão os ternos de folias de Reis, Guardas de Moçambique e a Banda de Música Santa Cecília de São Gonçalo da Ponte. Sem contar a cultura das comunidades quilombolas da Chacrinha dos Pretos e Boa Morte, com seus costumes e gastronomia ímpares.
A riqueza cultural da cidade é fortalecida com o orgulho dos munícipes do lugar onde vivem e da história que compartilham. “É um sentimento verdadeiro de pertencimento a tudo que nós temos, tudo que nos cerca e de todos os ricos patrimônios. O turista é convidado a visitar Belo Vale para vivenciar a riqueza cultural que aqui existe. A cidade oferece ao turista, além de toda história e conhecimento cultural, lindas trilhas e cachoeiras para que possam relaxar e descansar”.
Considerado um dos primeiros arraiais de Minas, com quase três séculos de existência, Belo Vale mantém festas tradicionais em seu calendário, como carnaval, Semana Santa, marcada pelas encenações bíblicas, festival junino, Festa de Santana, Rodeio e festa da Mexerica e Festival Gastronômico.
O município se orgulha em promover o desenvolvimento sustentável do turismo. Segundo José Felipe, o trabalho é feito “Com eficiência e qualidade, visando simultaneamente à geração de benefícios socioeconômicos, valorização e proteção das nossas riquezas naturais e culturais. Ao visitar Belo Vale, se deixe levar por estes tantos caminhos que percorrem nossa história. Conheça cada canto de nossa cidade. Estaremos sempre de braços abertos e abrindo nossos corações para recebê-los”, convida.

A gastronomia está entre os atrativos culturais do município