Élcio Ferreira e Roberto Patriarca numa das muitas prosas sobre pescarias
p. de souza
Repórter e pescador
Especialista na pesca dos lambaris, seja os grandes do rabo vermelho, os menores de lagoas ou as famosas chatinhas dos Almeidas, Guarará ou Piranga, Élcio Luiz Ferreira, 54 anos, morador da famosa rua do Sapo, no bairro Chapada, não volta para casa com o samburá vazio. Pescador à moda antiga, ele é o chamado profissional na arte de capturar os lambaris e não pesca com boia, apenas usa vara levinha, linha fininha, chumbada minúscula e anzol mosquitinho.
Ao receber a coluna em sua casa, ele mostrou os últimos exemplares fisgados no rio Pará, em Carmópolis de Minas, e contou um pouco da sua história, que começou cedo com o seu pai Dico. Élcio aprendeu a arte da pesca, capturando chatinhas na famosa Unha de Gato, localidade da região dos Almeidas, no rio do mesmo nome, ia muito com seu pai e amigos da infância, nas tardes e fins de semana.
O segredo do sucesso da pesca dos lambaris é não usar boia e apenas material bem leve. “Quando vou pescar, escolho o pesqueiro, preparo a tralha, cevo com canjiquinha e raspa de queijo e defino um perímetro para bater, de 10 a 30 metros”, disse ele durante uma prosa com a coluna. Élcio usa massinha ou bichinho de cupim como isca e vai pela vibração do anzol. “Assim que começa a vibrar é o momento de fisgar com um pequeno toque para cima ou para o lado. É batata e não se perde um peixe, mesmo os menores, que depois são soltos”, explica Élcio, que costuma fechar os olhos para sentir, além da puxada, a brisa e o sol do local no rosto. “É comum eu pegar o peixe com os olhos fechados, só para sentir as vibrações dos locais onde estou acampado.
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Postado por Mauricio João Vieira Filho, no dia 16/07/2021 - 07:58