Léo Bellavinha e sua turma pescam à moda antiga

P. de Souza
Repórter e pescador esportivo

Num mundo dominado pela internet, aplicativos de mensagens e redes sociais, ainda há espaço para as pescarias à moda antiga, quando os aventureiros levavam barracas, tralhas, gerador de energia e montavam acampamento nas barrancas dos rios mineiros. O empresário Léo Bellavinha curte e pratica esse esporte duas vezes por ano. Sempre em março e setembro, Léo, filho do saudoso Paulo Bellavinha, da Joalheria Aurora, reúne sua turma, que inclui, entre outros, seu tio João Bellavinha, e vai ao encontro dos piaus, lambaris, matrinxãs, traíras e curimbas.

Sua estrutura inclui uma caminhonete Chevrolet, um trailer, gerador a gasolina, barraca para cozinha e individuais, fogão, chuveiro de pendurar em árvore, panelas, talheres, bancos e cadeiras. O estudo do local é feito com critério e definido meses antes da viagem, que acontece sempre de madrugada, para chegar à beira do rio na hora do almoço. A turma do Léo já pescou no rio Pardinho, Pará, Formoso, São Francisco, Pedro Moreira, Paracatu, entre muitos outros, e sempre em locais isolados. Geralmente o acampamento é montado no terreno de alguma fazenda, de algum conhecido. Além dos alimentos, o grupo, que respeita o distanciamento social, usa máscara e álcool gel, e está devidamente vacinado, leva água potável para consumir e cozinhar e usa a água do rio para tomar banho. A aventura é feita sempre de quarta a domingo e há todo um ritual para montar e desmontar o acampamento, que se torna uma parte prazerosa da pescaria.

Neste ano, a turma do Léo pescou no rio Pará, na região de Pompeu e em setembro deve seguir para o São Francisco, na região de Pirapora, sempre com sete ou oito pescadores. O objetivo principal, como toda a pescaria à moda antiga, é o convívio entre os aventureiros e uma oportunidade ímpar de voltar ao passado e de estar em contato com a natureza, de maneira saudável e respeitosa.

Léo Bellavinha e sua turma numa das muitas pescarias à moda antiga