A falta de segurança no trânsito em uma estreita, mas movimentada travessa no bairro Santa Efigênia, na região central de Lafaiete, persiste e tem sido motivo de preocupação entre alguns motoristas e moradores do entorno. Segundo relata o engenheiro de Segurança do Trabalho Gilberto Gonçalves, o sentido de circulação dos veículos na travessa Júlia Delfina passou por duas mudanças drásticas no ano passado, mas o quadro de momento não inspira segurança e foi agravado por conta de uma obra na parte baixa, onde um muro caiu e foi construído, mas a obra não foi concluída e continua trazendo muitos transtornos para a comunidade.
Conforme situa Gilberto Gonçalves, a travessa a Júlia Delfina possui dimensões que variam de 2,8m em alguns trechos a 3,5m em outros, o que inviabilizaria, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a circulação em mão dupla: "O CTB determina que as vias de mão dupla deverão ter, no mínimo, 6,5m de largura. Sendo assim, qual lei, norma ou código menciona que moradores de uma determinada rua, avenida ou travessa podem, utilizando-se de um abaixo-assinado, requerer a mudança de trânsito", questiona o engenheiro de segurança, usando como exemplo o trânsito de uma rua paralela. "A Doutor Zebral possui largura suficiente para o cruzamento de dois veículos, mas é mão única", situa.
Gilberto Gonçalves defende, ainda, a realização de estudos técnicos dos impactos da circulação de veículos pela via, que possui apenas 200m, aproximadamente, de comprimento. "Será que o Departamento de Trânsito avaliou, de forma técnica, o reflexo do fluxo de veículos vindos de diferentes bairros, tais como Arcádia, Sagrado Coração de Jesus, Boa Vista, Morro da Mina e outros que circulam pela travessa Júlia Delfino como via alternativa? E os veículos que circulam vindos da Barão de Suassuí? De quem será responsabilidade quando ocorrerem acidentes ou incidentes na travessa Júlia Delfino e suas imediações, bem como os conflitos constantes entre motoristas registrados nesta via? Ressalto que a preocupação está pautada na segurança da coletividade", frisou Gilberto Gonçalves, que pediu esclarecimentos e reavaliação da decisão de manter a via como mão única. "Conto com o apoio do Departamento de Trânsito para que se façam, o mais breve possível, as devidas alterações na travessa Júlia Delfino, utilizando-se critérios técnicos e visando à prevenção e segurança da população", finaliza, acrescentando que já enviou ofício pedindo providências também para o Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Outra questão abordada por Gilberto Gonçalves, é em relação a uma obra de um muro que desabou. A moradora responsável pela situação não concluiu o serviço e mantém, desde o ano passado, parte da rua obstruída, que já foi palco de vários acidentes. Mais uma vez o Jornal CORREIO enviou ofício ao Departamento Municipal de Trânsito (DMT) e à assessoria de imprensa da PMCL pedindo uma resposta urgente sobre a situação. Nessa semana, dois acidentes aconteceram na via pública, o que deixou os moradores mais irritados.
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Postado por Clara Maria, no dia 15/04/2021 - 18:09