A menos de um mês do que seria, tradicionalmente, o retorno às aulas, pais e alunos rede pública e particular não sabem que rumo toda essa situação irá tomar. Com o ano letivo de 2020 em curso até 30 de janeiro, as escolas estaduais abrirão o ano letivo de 2021 no dia 4 de março, com encerramento previsto para 17 de dezembro de 2021. A confirmação foi dada pela secretária de estado da Educação Júlia Sant’Anna ainda em dezembro de 2020. As particulares já se organizaram para o recomeço a partir do dia 1º de fevereiro. Já na rede municipal, a programação foi questionada, mas o secretário Albano de Souza Tibúrcio não repassou a informação.
O que também não deve ocorrer de maneira tradicional será a volta às salas de aula. Sem um cronograma de imunização, o ensino 100% à distância segue autorizado pelo MEC até 31 de dezembro também para a educação básica (ensino fundamental I e II e médio). E essa deve ser a forma adotada, pelo menos a princípio, por todos os educandários. A tendência é que os alunos retornem, gradativamente, às aulas presenciais e segue em estudo um modelo híbrido (aulas online + presenciais)
Nos últimos dias, o estado fez uma consulta pública aberta a pais, alunos e profissionais da educação onde abordou, exatamente, esse formato: basicamente, os professores e um grupo de alunos iriam à escola durante uma semana, enquanto um segundo grupo acompanharia as aulas de casa, no Reanp (Regime Especial de Atividades Não Presenciais). Na semana seguinte, todos - professores e alunos - estariam em casa, com aulas no Reanp. Os professores voltariam na semana seguinte, atendendo a esse segundo grupo de alunos, o que seria seguido de mais uma semana em Reanp.
A presença não seria obrigatória, para que aqueles que convivem com o grupo de risco ou não se sentem seguros pudessem continuar seu distanciamento. As aulas seriam oportunidades para esclarecer dúvidas e o Plano de Ensino Tutorado (PET) continuaria sendo adotado. A retomada das turmas seria gradativa, priorizando as que estão concluindo os ciclos do ensino fundamental e médio e todos seriam orientados a cumprir as medidas sanitárias para prevenir a covid-19. Mas é importante frisar que esse é um modelo em estudo e que, até o fechamento desta matéria, não havia uma confirmação oficial sobre qualquer formato adotado para a retomada e que as aulas presenciais, em qualquer rede, não tinham data prevista para o recomeço.
Rede municipal segue sem previsão
Licenciado em Filosofia e Teologia pela PUC/Minas especialista em psicopedagogia, o professor Albano de Souza Tibúrcio tomou posse como secretário municipal de Educação, Esporte e Lazer no dia 29 de dezembro. Belo-horizontino, o novo chefe da pasta possui experiência educacional nas redes privadas, pública e como dirigente Municipal de Educação. “Penso que o principal desafio que se descortina no cenário atual, afetando a todos os segmentos e à Educação, é o da pandemia da Covid-19 e seus reflexos. Então, para além dos desafios de planejar as políticas públicas educacionais de Lafaiete de forma a dar continuidade à nossa excelência e qualidade do ensino, vamos planejar também o retorno às aulas, mesmo que de forma ainda remota”, adianta
Dentro desse processo, o professor Albano projeta respeitar a autonomia das escolas: “Queremos planejar nossa ação pedagógica focando no diagnóstico, na implementação de ferramentas pedagógicas mais adequadas ao momento e, principalmente, na atenção ao emocional de nossos alunos e servidores. Trabalhamos, também, com a busca de um diálogo mais próximo e que permita maiores e melhores reflexões e consensos nos encaminhamentos com os diretores, conselhos e sindicatos. A expectativa positiva é de que com presença, diálogo, consenso e planejamento técnico possamos continuar o trabalho e avançar com o ensino público de qualidade e excelência”, finaliza.
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Postado por Clara Maria, no dia 28/01/2021 - 12:08