“Em momento já difícil e triste, todos nós perdemos opções de lazer e alegria”. Essa frase, dita pelo secretário municipal de Cultura e de Desenvolvimento Econômico, Rafael Castro Lana, resume bem o sentimento da comunidade diante desta estagnação da cena cultural lafaietense provocada pela pandemia de Covid-19. A restrição à aglomeração de pessoas, que beira os 5 meses e ainda não tem data para acabar, foi responsável pelo cancelamento de todos os eventos, públicos e privados desde 23 de março até então.
Em 2020, não pudemos comemorar O Dia da Viola (dia 28 de março); a Semana da Inconfidência na fazenda Paraopeba e a 1ª Feira do Livro Infantil na estação ferroviária (ambas em abril). Para julho, estavam previstos o 41º Festival de Congado e a grande festa da Cultura, com o XX Face. Na sequência, teríamos o desfile cívico do 7 de Setembro, que já se tornou um grande evento cultural nos últimos anos, além do festival de bandas e o festival de seresta. Em outubro, a Secretaria previa a Semana das Crianças nas escolas e bibliotecas e, em dezembro, a já conhecida Casa do Papai Noel, com atrações culturais todas as noites.
Rafael Lana destaca, ainda, os impactos desta estagnação da Cultura na economia da cidade e na vida das pessoas que tiram dela o seu sustento: “Os bares e restaurantes, que eram palcos dos músicos e fonte de renda, precisaram fechar suas portas ou tiveram que restringir suas atividades e suprimiram o entretenimento. As academias e escolas de arte, que vivem das mensalidades dos seus alunos, também pararam suas atividades - e a maioria desses estabelecimentos funciona em espaços alugados; seus professores deixaram de receber seu sustento. Teatros, espaços de festas, eventos, todos espaços para manifestações culturais pararam suas funções. Há que se lembrar, também, que o congado não pôde sair; as bandas de música, os grupos de dança, teatro ficaram impedidos de fazer ensaios, apresentações e viagens.”, detalha.
O secretário de Desenvolvimento Econômico lembra que houve alguma migração para o mundo online, mas ainda não de forma abrangente, pois muitos não encontraram uma forma de se adaptar. “As atividades culturais e artísticas dão vida à comunidade. Uma comunidade sem música, sem poesia, sem arte, fica triste. Perdemos também em movimentação econômica, uma vez que com espaços fechados o dinheiro não circula; sem eventos, o turista não chega e aqui não gasta o seu dinheiro”, pondera.
Até o momento, todos os eventos seguem cancelados. “Mesmo com a situação epidemiológica sob o controle na cidade, não há como antecipar o cenário. Planejamos realizar a Semana da Criança de forma online, através das redes sociais e aulas remotas. Mantemos a esperança de que tudo isso passe logo e que, em breve, estejamos abrindo as portas para a arte e a cultura novamente. O que temos é a promessa de que, pela Lei Aldir Blanc, muitos trabalhos bons possam acontecer na internet para desfrutarmos do que nossos artistas produzem. Aguardemos”.
Fica, ainda, a expectativa sobre as feiras de artesanato. Fonte de renda e opção de entretenimento, elas ainda permanecessem suspensas. “Com a situação favorável da cidade no combate ao coronavírus, e por se tratar de uma atividade ao ar livre, temos expectativa de que sejam reativadas em breve. Mas ainda não há data para isso. Dependemos do avanço no Programa Minas Consciente”, finaliza Rafael Lana.
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Postado por Redação, no dia 24/08/2020 - 19:01