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Saúde


Lafaietenses revelam histórias de superação na luta contra a Covid-19



 

Até o dia 12 de agosto, mais de 20 milhões de pessoas no mundo todo tinham sido infectadas pelo coronavírus. Dessas, mais de 744 mil morreram. No estado, a doença afetou 160.485 pessoas, sendo pouco mais de 400 delas aqui, em Lafaiete. Olhando assim, a realidade parece distante e, para muitos, é menos assustadora do que quando os primeiros casos da doença foram confirmados no Brasil. Mas a realidade ganha outra forma quando esses números passam a ter rostos. E um deles é da empresária Liziane Cássia Ribeiro Costa, 30 anos. Grávida, a cabeleireira começou a sentir os sintomas no dia 5 de julho e passou por momentos de dor, medo e solidão até se tornar uma das mais de 350 pessoas já curadas da doença em Lafaiete.

“No domingo (05/07), eu senti poucas dores no corpo e muita dor de cabeça. Na segunda já senti calafrios e fraqueza, como no começo de uma gripe. Na terça, tive dor de cabeça e a dor no corpo se agravou. Já na quinta fiquei em observação, tomando medicação na veia no Hospital Fob, de onde fui liberada, com a orientação de me manter em isolamento até o resultado do exame, no dia 15. E como estou grávida, procurei meu obstetra, que me indicou um teste rápido. Como o resultado foi negativo, voltei para casa aliviada, com um diagnóstico de gripe forte e medicação para H1N1”, detalha.

Mas o tratamento não surtiu o efeito esperado e Liziane voltou ao hospital: “Realizamos mais um teste rápido, que também deu negativo. Já sem apetite e muita dor no corpo, nas costas, no pulmão e muita falta de ar, procurei a pneumologista Dra Laura Zanato. Ela constatou que a minha saturação estava muito ruim e realizou uma bombinha para que aguentasse chegar ao hospital FOB, onde dei entrada com um pedido de internação urgente”, relembra.

Já internada, a paciente foi submetida a uma tomografia e um raio-x do pulmão, que constatou um grande comprometimento. O resultado positivo só chegou no dia 15. Foram cinco dias no balão de oxigênio, recebendo medicamentos até que ela tivesse alta, no dia 22. “Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Um misto de sensações, onde o medo tomava conta, visto que seria uma doença que não afetava jovens. Mas eu senti falta de ar, dores e tosses incontroláveis. Achei que ia morrer ou ia perder meu bebê. Passar quase 20 dias em isolamento, longe da minha filha de 4 anos e minha família não foi nada fácil”, desabafa.

O alívio só veio com a recuperação e o carinho recebido durante esse processo: “Internada, recebi um atendimento impecável. Só tenho que agradecer a Deus, por me dar a chance de renascer, à minha família – sem esse apoio eu não sei o que seria de mim – e a todos os meus amigos, clientes e seguidores, que rezaram e oraram pra minha recuperação”, finaliza Liziane, que pede consciência a todos: “Usem máscara e, se puder, não saiam de casa”.

Assim como Liziane, Ivani Peixoto Alexandre, de 52 anos, também venceu a Covid-19. “Comecei com dor de cabeça e ‘corpo ruim’, que foi piorando. Cinco dias depois eu já sentia muito cansaço, dor no corpo, nas pernas, meu peito parecia queimar e eu não tinha nem paladar e nem olfato. Procurei o médico e ele falou que todos esses sintomas indicavam Covid-19. Eu me assustei e fiquei muito preocupada. Aí fiz o teste, que confirmou o diagnóstico positivo”, relembrou Ivani, que afirma não fazer ideia de onde ou como foi contaminada. “Não viajei e nem tive contato com ninguém infectado. Ninguém mais na minha família manifestou sintomas”, afirma Ivani, que já teve autorização para sair da quarentena. “O teste que fiz em 31 de julho deu negativo e, graças a Deus, estou me sentindo muito melhor”, finaliza.

Altas médicas

Nas redes sociais do Hospital Maternidade São José (HMSJ) é possível acompanhar vídeos com depoimentos de pacientes contaminados e que após concluírem com sucesso o tratamento já tiveram alta. É o caso de Adão Martins, 59 anos, que ficou internado entre os dias 7 e 13 de julho e de Ivair Rezende Chaves, 54 anos, que voltou para casa no dia 16/07, após ficar internado por sete dias.

 

 




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Postado por Redação, no dia 23/08/2020 - 19:38


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