Você tem tomado todos os cuidados para se proteger do coronavírus? Lava as mãos ou higieniza com álcool 70%, usa máscaras descartáveis ou lavadas adequadamente e até luvas, em algumas situações? Mas já parou para pensar que o ciclo desse material não acaba quando você joga no lixo? Hoje, Lafaiete tem 146 profissionais atuando na coleta de lixo e limpeza urbana - sem contar os catadores, que tiram dos materiais recicláveis a sua subsistência - e é exatamente por isso que é essencial redobrar os cuidados, evitando que esses trabalhadores - que não podem ficar em casa - se contaminem por nossa culpa.
E a gente não está falando de pouca coisa, não. De acordo com o coordenador Sandro Rodrigues, Lafaiete produz, mensalmente, 2.200 toneladas de lixo, em média, o que equivale a 73.333 quilos de lixo por dia. Entre todo esse volume, existem coisas potencialmente perigosas para o contágio, como máscaras, lenços e luvas. “O lixo pode transmitir doenças, como o tétano, hepatite A, dermatite de contato, cólera, verminoses, entre outras e, agora, Covid-19”, lista Sandro Rodrigues. Por isso, a empresa afirma que está tomando todas as medidas possíveis para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores: “Estamos seguindo todas as orientações dadas pelo Ministério da Saúde, como uso obrigatório de máscaras, higienização correta das mãos, utilização de álcool em gel, evitando aglomerações, mantendo o distanciamento social de 2 metros nas tarefas diárias, ministrando treinamentos com orientações sobre a pandemia e medidas de controle para evitar o contágio”, lista.
Mesmo assim, cada um pode fazer a sua parte, em especial, nos casos em que há confirmação ou suspeita da doença. “A recomendação é que todo e qualquer objeto que entre em contato com o suspeito/infectado e os demais resíduos do domicílio sejam descartados em sacos plásticos resistentes, utilizando dois sacos, um dentro do outro, formando assim um saco plástico duplo, para mais segurança do descarte. Também pedimos que as pessoas não encham esses sacos até a borda, deixando, assim, um espaço para que seja feito o nó”, explica Sandro. Esses sacos precisam ser identificados sobre o risco que contêm, para mais segurança dos coletores. “É de extrema importância que sejam respeitados os dias e horários de coleta de cada bairro, evitando que os sacos se rasguem e espalhem o lixo”, acrescenta o coordenador de Coleta Reibyson Pepeu.
Essas medidas, se feitas por cada um de nós, se somarão aos cuidados já tomados pela empresa: “A Localix providenciou que alguns funcionários fossem afastados por estarem em grupo de risco, e também disponibilizou o home office nas situações em que ele era possível. Todos esses abnegados da limpeza e da coleta, que em um momento tão delicado estão limpando e recolhendo o lixo como heróis, são homens e mulheres comuns, mas com dedicação se tornam gigantes. A Localix segue acreditando no trabalho e protegendo vidas”, afirma Sandro Rodrigues.
Para o coordenador de limpeza Weberte Freitas, o cenário ainda é muito complicado, mas a situação caminhará para uma solução: “O mundo vem enfrentando um inimigo invisível. Todos estamos aflitos e com medo diante de tantas incertezas, mas o que temos de mais certo é que isso será passageiro, e se cada um de nós fizermos a nossa parte, respeitando todas as orientações, brevemente conseguiremos vencer a batalha contra esse vírus. Que possamos praticar todos os dias a nossa fé e esperança em dias melhores”, avalia.
Outros cuidados
Fora os riscos de contaminação pelo descarte incorreto de resíduos domiciliares, em especial, de casos confirmados ou suspeitos que cumprem isolamento social, há outras situações em que o descarte de lixo exige atenção redobrada em qualquer momento. “Sempre pedimos, também, o cuidado com o descarte de materiais perfuro-cortantes. Eles devem ser colocados dentro de caixas de leite vazias, garrafas pets, isolados e identificados para não expor nossos colaboradores a acidentes”, solicita Reybson Pepeu.
Reconhecimento
E esse importante trabalho é reconhecido pela comunidade. No dia 16 de maio, as amigas e vizinhas Joanita Vitorino, Lívia Cristina, Elza Maria, Auxiliadora de Fátima e Raquel Vitorino, com a participação das crianças João Vitor e Ariadna, resolveram homenagear os garis: “A ideia surgiu da gratidão que temos pelo trabalho que realizam, com muito zelo e atenção e seria justo prestar-lhes uma homenagem no dia em que comemora sua profissão”.
As moradoras da rua Rodrigues Alves, bairro São Benedito, fizeram cartazes com mensagens e as crianças, cartinhas: “Nosso reconhecimento e respeito aos garis, pois diante da pandemia que estamos vivendo, o trabalho tornou-se ainda mais essencial, e a população por sua vez, deve colaborar descartando corretamente o lixo, para que seja recolhidos de forma que não contamine nossos heróis”, afirmaram.
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Postado por Redação, no dia 12/06/2020 - 10:31