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Região


35% das cidades da região têm problemas para enfrentar a Covid




Um estudo da Consultoria Aquila, baseado em indicadores sociais, econômicos e de saúde de todos os municípios brasileiros e publicado pelo jornal Estado de Minas, endossa essa preocupação. Os dados apontam que, das 853 cidades de Minas Gerais, 230 (cerca de 27%) estão em situação crítica para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. E entre as 10 mais populosas em situação crítica aparece, em 3° lugar, Conselheiro Lafaiete. Integram essa lista os municípios que, por razões financeiras e infraestruturais, potencialmente sofreriam mais com a Covid-19. E a cidade não está sozinha nessa classificação. Da região do Alto Paraopeba, também se enquadram Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Itaverava, Piranga e Queluzito (35% dos municípios).

Para isso, foram levados em consideração dados do governo federal sobre o sistema de saúde (quantidade de leitos e profissionais de saúde por morador) e as condições econômicas tanto da administração municipal quanto dos habitantes.  Das 230 cidades mineiras em situação crítica, as duas mais populosas estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ribeirão das Neves (334.858 habitantes) e Santa Luzia (219.134) preocupam os responsáveis pelo estudo justamente por conta da estrutura do sistema de saúde e dos indicadores econômicos. “Quando você olha a população vulnerável, o dinheiro que o município tem disponível, a riqueza local e a estrutura de saúde local, você vê que são duas cidades muito vulneráveis”, analisa o consultor Rodrigo Neves, responsável pelo estudo.

As duas cidades não estão entre as mais afetadas pela epidemia. Em Santa Luzia há nove casos confirmados. Em Ribeirão das Neves, seis. Nenhum dos municípios registrou mortes. Mas o objetivo do estudo não é mapear o cenário atual da propagação da doença, mas identificar quais cidades potencialmente sofrerão mais com a pandemia caso não haja interferência do poder público, seja no estabelecimento de medidas rígidas de isolamento social, seja em investimentos no sistema de saúde.

Em Minas

De acordo com o estudo, 248 das 853 cidades mineiras (29%) teoricamente apresentam  condições econômicas e de saúde para enfrentar a pandemia. Na região, integram esse grupo Barbacena, Congonhas, Jeceaba, Lamim e São Brás do Suaçuí. Outras 374 (44%) foram classificadas em um nível intermediário. Ou seja, dispõem de capacidade financeira boa e sanitária ruim ou vice-versa. Entre elas, Capela Nova, Carandaí, Cristiano Otoni, Entre Rios de Minas, Ouro Branco, Rio Espera, Santana dos Montes, Santana dos Montes e Senhora de Oliveira (Com informações do jornal Estado de Minas).

Cidades mineiras mais populosas entre as que estão em situação crítica

  • 1º Ribeirão das Neves: 334.858 habitantes
  • 2º Santa Luzia: 219.134 habitantes
  • 3º Conselheiro Lafaiete: 128.589 habitantes
  • 4º Cataguases:  75.123 habitantes
  • 5º Januária: 67.742 habitantes
  • 6º São Francisco: 56.323 habitantes
  • 7º Bocaiúva: 49.979 habitantes
  • 8º Santos Dumont: 46.487 habitantes
  • 9º Caeté: 44.718 habitantes
  • 10º Igarapé: 43.045 habitantes

Situação das cidades da região para o enfrentamento da pandemia

  • Preparada para enfrentar a pandemia: Barbacena, Congonhas, Jeceaba,  Lamim  e São Brás do Suaçuí
  • Com condição financeira, mas carente em saúde: Entre Rios de Minas e Ouro Branco
  • Com condição de saúde, mas dependente financeiramente: Capela Nova, Carandaí, Cristiano Otoni, Rio Espera, Santana dos Montes e Senhora de Oliveira
  • Cidade crítica para enfrentamento da pandemia: Caranaíba, Casa Grande,  Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete,  Itaverava, Piranga e Queluzito

 Fonte: estudo da Consultoria Aquila




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Postado por Redação, no dia 09/05/2020 - 09:48


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