Abraços não dados, beijos negados, comemorações adiadas, viagens remarcadas na agenda e compromissos de trabalho deixados para depois deste caos. A quarentena impôs entre todos nós uma distância difícil de assimilar, especialmente para o povo mineiro que, como poucos, acolhe com abraço e no seio do lar. De repente, tudo aquilo que parecia essencial e urgente foi colocado em pausa e, dentro de nós, o tique-taque do tempo que voava foi abafado por uma mistura de medo, zelo e senso de responsabilidade. Mas algumas perguntas ainda soam bem forte: o que você fará assim que terminar esta quarentena? Quais são os seus desejos para a vida pós-pandemia?
Empresário e, como presidente do Sindcomércio, no epicentro da crise financeira causada pela Covid-19, Bento José de Oliveira vê um tempo de reconstrução e reconexão após a pandemia: “Além do impacto econômico, da insegurança e da diminuição da confiança no futuro, a pandemia nos afastou uns dos outros. Desejo, no pós-pandemia, poder abraçar os amigos e entes queridos que agora vejo de longe; poder cumprimentar as pessoas sem preocupação e falar apenas como lembrança e aprendizado desta crise. Será um momento de reconstrução, em que precisaremos estar juntos para retomar a confiança e continuar nossas vidas, valorizando ainda mais as pessoas - mais ainda as que amamos.
Médico e escritor, Carlos Reinaldo de Souza já sonha reencontrar a cidade, sua história, patrimônio e manifestações culturais e o seu próprio passado: “Abraçarei minha família e meus amigos, por um tempo que não sei quanto, e deixarei aflorar as lágrimas, até a última gota. Irei dar algumas voltas em torno do Cristo e lá dizer a Ele que eu O amo. Irei à Matriz e verei como são belas as pinturas de Schummer. Irei ao Cine Ritz e recordarei as matinês dominicais do velho Cine Central. Sentarei num dos bancos da praça Tiradentes e verei, com os olhos d'álma, a fonte luminosa jorrando águas coloridas. Finalmente, irei à Estação Ferroviária, para rever a imagem de meu pai, dentro do Vera Cruz, acenando seu último adeus”.
Paulo Antunes, escritor, professor e artista, deseja um mundo consciente, sustentável e realmente humano pós-pandemia: “Pretendo rever amigos, cinemas e teatros, viajar e me envolver com força nas causas sociais e políticas”, lista. O empresário Renato Mesquita, proprietário da Percentual Logística, quer fazer parte de um mundo mais voltado para o bem do próximo: “Em breve, quando tudo passar, será tempo de valorizar os amigos, os pequenos gestos e a vida em família. Tempo de buscar equilíbrio, igualdade e muita fé para recomeçar e reescrever novas páginas, esquecendo vaidades e futilidades. Vamos todos ficar juntos novamente, com Deus no comando”.
Geraldo Kenedy Neiva, empresário e diretor da Acias, aguarda ansioso para abraçar todos os seus familiares, amigos e colaboradores: “Desejo olhar para trás e lembrar de todos os meus colaboradores, familiares e amigos. Desejo olhar para frente e ter a certeza de que todos eles estão com saúde caminhando ao meu lado”, revela. A retomada do seu trabalho espiritual será umas das prioridades na vida da empresária. Karina Guimarães Machado, franquiada do CCAA: “Eu desejo, sinceramente, que as pessoas sejam mais conscientes e que tenhamos um mundo melhor”.
Para o professor e funcionário público Mário Araújo, o prazer estará em reencontrar as pessoas que ama e poder fazer coisas simples do dia a dia: “Quero retornar às atividades de trabalho, visitar e encontrar com amigos, além de viajar com a família para rever parentes e conterrâneos das cidades mineiras de Urucânia e Santa Juliana”, lista. Ceo da Agência Mágica Marketing Empresarial Patrícia Moura Fernandes anseia por reencontros: “Meu desejo pós-pandemia é organizar um encontro ao pôr do sol com todos meus amigos, irmãos e família, para dizer pessoalmente que eu os amo e abraçá-los. Quero voltar ao trabalho voluntário junto aos tarefeiros da “Olhos da Luz” , dançar, e principalmente, voltar a trabalhar”, conta.
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Postado por Redação, no dia 06/05/2020 - 13:11