Instado pelo Jornal CORREIO a responder a este tema, afirmo sem medo de parecer pretensioso que "são nos momentos de graves crises que se sobressai o líder". Estranhamente, mesmo no home office, não deixei de realizar as minhas atividades, tanto à frente da Revista Conhece-te (periódico mensal que se mantém ininterruptamente há 19 anos) quanto na minha carreira solo de escritor, e também à frente de minha agência literária. Senti um aumento considerável no número de vendas de meus livros pelo meu site - idem em encomendas da Revista e atendimento à imprensa, inclusive internacional, que me solicita tarefas.
Bem, antes que o texto se assemelhe a uma ode ao ego, afirmo sem medo de errar que a arte, a literatura, as artes plásticas, o cinema, o teatro, a filosofia, a escultura, enfim, tudo aquilo que concerne o espectro cultural é fomento necessário e importante para atravessarmos com segurança e leveza este trimestre sombrio que está batendo às nossas portas. Óbvio que devemos nos manter informados acerca do noticiário epidemiológico, econômico e social, mas é mister cultivarmos as letras e as artes que são como uma espécie de oásis neste deserto de pandemia, pessoas acometidas de intolerâncias advindas de pensamentos contrários e fake news.
Da mesma forma que me sinto privilegiado quando leitores encomendam livros meus (www.marcelopereirarodrigues.com.br), sinto o mesmo prazer e satisfação ao indicar livros de autores que têm muito a nos dizer nestes dias turvos: esses gênios da literatura descreveram lindas histórias tendo como pano de fundo cenários reais: Boccacio escreveu “Decamerão” tendo convivido com a Peste Negra que assolava a Europa na Idade Média; o Nobel de Literatura alemão Thomas Mann, em livros como "A Montanha Mágica" e "Morte em Veneza"; o também Nobel de Literatura, o franco argelino Albert Camus com o seu livro "A Peste", transposto para o teatro com o título de "Estado de Sítio", e também a peça teatral do francês Jean-Paul Sartre, "As Moscas" e se fosse aqui enumerar as obras clássicas, alongar-me-ia bastante.
Pois bem, finalizo respondendo ao óbvio: a gente vive de cultura em tempos de pandemia vivendo. Estava sobremaneira ocupado autografando meus livros para postar nos correios, auxiliando os agenciados e fechando a edição de maio da Revista (www.revistaconhecete.com.br).
Particularmente, já persisto nessa estrada há 20 anos. Escrevendo os meus livros, disseminando as minhas ideias e semeando um pouco de luz e arte neste cenário desanimador. Mas como Dom Quixote (personagem clássico do grande Miguel de Cervantes) lutando contra "os moinhos de ventos", contarei sempre com os meus Sancho Pança que são os meus escudeiros fiéis, os muitos e muitos leitores do Brasil e do exterior que me permitem viver como escritor. Como conselho gratuito que dou, a partir do trecho de música “Comida”, dos Titãs, “A gente não quer só comida / a gente quer comida, diversão e arte”, pois bem, envolvam-se mais com obras literárias e percam menos tempo em redes (antis) sociais e consumindo fake news. Não se contaminem com o vírus da ignorância, ele é o combustível para fomentar uma nação de semianalfabetos que insiste em vislumbrar o Brasil como o País do Futuro.
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Postado por Redação, no dia 29/04/2020 - 11:47