O avanço do número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus no Brasil levou à suspensão das aulas nas escolas de educação básica e superior públicas e privadas por, pelo menos, 15 dias. Esse período pode ser estendido por tempo indeterminado, até que a proliferação do vírus seja controlada e não provoque riscos à saúde dos estudantes e servidores dos estabelecimentos de ensino e da sociedade, de modo geral. A maioria dessas instituições têm recorrido às plataformas de ensino online, contando com o apoio do Sebrae.
Estima-se que mais de 850 milhões de crianças e adolescentes no mundo inteiro, estão sem aulas devido à pandemia do novo coronavírus, segundo anúncio feito na quarta-feira (18) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Esse número tende a crescer, em consequência da pandemia da Covid-19, impondo aos países desafios imensos para poder proporcionar um aprendizado ininterrupto a todas as crianças e jovens de maneira equitativa.
Diante desse cenário mundial, o grande desafio para os profissionais da educação é aplicar a educação online, mantendo os alunos motivados e engajados com os conteúdos. Com o apoio do Sebrae, a DreamShaper já atendeu mais de 150 mil alunos em mais de 300 escolas pelo país. O grande diferencial da plataforma é o foco em projetos, desenhada para guiar passo a passo os alunos em seus trabalhos, com uma interface simples e intuitiva, a ferramenta desponta como uma das soluções nesse momento de crise.
O cofundador e CEO da DreamShaper, João Borges, explica quais são as principais inovações apresentadas pelo serviço: “Acredito que a grande maioria dos estudantes ainda está se acostumando a estudar em um ambiente online. A metodologia aplicada em projetos possibilita um trânsito mais fácil no ambiente de estudos, além de trazer a novidade da aplicação do que é aprendido em projetos de empreendedorismo social e cidadania. Esse formato gera uma automotivação e disciplina nos estudantes, fatores decisivos para quem estuda à distância”. Segundo ele, uma série de competências emocionais são desenvolvidas durante a execução dos projetos. “São aprendizados que os alunos levam para a vida acadêmica e profissional”.
O gerente de cultura empreendedora do Sebrae, Gustavo Cezário, analisa que o momento é muito delicado para a educação no país. “É impossível fazer um retrato único da educação nesse momento. Temos uma divisão muito clara das pessoas que possuem acesso à internet banda larga das que não tem, infelizmente essa lacuna é uma dificuldade que impacta a vida de milhões de brasileiros. Em contrapartida, as instituições de ensino que aderirem ao EAD podem oferecer aos estudantes uma saída para esse período de isolamento, em virtude do novo Coronavírus”.
Preocupado com os pequenos negócios que serão afetados pela expansão do Covid-19, o Sebrae analisa neste momento todos os setores que podem ser afetados e toma medidas emergenciais para ajudar a reduzir os danos. No campo da educação, a instituição tem feito a coleta de informações sobre plataformas tecnológicas e soluções destinadas à formação em casa para distribuição nos diferentes canais de comunicação. Um grupo de discussão com MEC, Consed e Undime verifica junto às empresas de telefonia a possibilidade de liberar banda larga gratuita para conteúdo curricular. O ambiente de formação de professores em empreendedorismo em EAD já está disponível. Uma trilha de vídeos para capacitação online foi organizada para atender alunos do ensino médio em empreendedorismo, eixo estruturante dos novos itinerários formativos. De forma descontraída, jogos educativos já estão disponibilizados também no portal do Sebrae.
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Postado por Redação, no dia 27/03/2020 - 11:54