Terminou no dia 31 de janeiro o prazo para que a Copasa resolva o problema com o mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto do Rio Bananeiras (ETE Bananeiras), localizada na Barreira (região noroeste). O acordo, assinado em 9 de março de 2018, prevê que a Copasa se comprometa a instalar um sistema de tratamento de odor para suavizar o tão conhecido “fedozão”. O documento ainda determina que 30 dias após a conclusão das obras, a concessionária deve realizar reuniões com a comunidade afetada, para avaliar os resultados. O acordo judicial foi imposto à companhia após negociações entre a prefeitura de Lafaiete e o Ministério Público. Para realizar o trabalho, a construtora Vale do Paraopeba – Eireli, com sede em Brumadinho (MG), foi a vencedora da licitação e investiu aproximadamente R$ 1.612.923,34 em materiais e serviços para implementação do controle de odores. Essa tentativa busca dar fim a um problema que se arrasta há anos. Desde o início de suas operações, em 2009, são várias as reclamações do forte mau cheiro lançado pela estrutura na região da Barreira. As reclamações vão desde problemas de saúde, supostamente causados pela inalação dos gases, à desvalorização de imóveis na região afetada. O promotor de justiça de Lafaiete, Glauco Peregrino, participou das negociações e reforçou na época que a data final do prazo terminaria em 31 de janeiro de 2020, como registrado na cláusula 6ª, §§ 2º e 3º do acordo judicial. Caso a data não seja cumprida, a concessionária pode ser multada em R$ 1 mil por dia, valor sujeito a reajustes mensais, com juros de 1% ao mês.
Sobre a ETE Bananeiras
A Estação de Tratamento de Esgoto do Ribeirão Bananeiras começou a ser construída em abril de 2007. Foram investidos cerca de R$ 15 milhões para colocar a estrutura em operação, com capacidade inicial para tratar 70 litros de esgoto por segundo. O sistema convencional de tratamento começa com a coleta do esgoto nos domicílios e nas indústrias e o transporte desse material até uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Na ETE, o processo consiste em separar a parte líquida da parte sólida e tratar cada uma delas, reduzindo ao máximo a carga poluidora, para que elas possam ser dispostas no meio ambiente sem prejudicá-lo.
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Postado por Redação, no dia 07/03/2020 - 09:26