Empresário bem-sucedido e morando há 35 anos em Ouro Branco, Péricles D`Ávila Bartolomeu, o Perinho, concedeu entrevista, nesta semana, ao Jornal CORREIO da Cidade e admitiu disputar o pleito de outubro como pré-candidato a prefeito, desde que haja consenso entre as forças oposicionistas. Oposição ao atual prefeito Hélio Campos (PSDB), Perinho acha que é preciso mudar aquilo que não vem dando certo e que o momento disso é a eleição. “É através da eleição que o povo tem a oportunidade de trocar de governantes e dar uma resposta nas urnas com o seu voto”, pontuou. Leia abaixo a íntegra da entrevista com o empresário.
Jornal CORREIO: Qual avaliação que o senhor você faz do quadro político de Ouro Branco?
Perinho: Na última eleição fui candidato a prefeito e, logo depois de iniciada a campanha, acabei aceitando ser vice de outro nome para poder diminuir o número de candidatos. Nesta eleição temos que nos juntar, todos os partidos de oposição, aqueles que querem mudar esta situação que estamos. A situação antiga, dos mesmos políticos, dos mesmos costumes, agindo das mesmas formas. Temos que colocar uma pessoa diferente, capaz de fazer o melhor para nossa cidade. Temos que avaliar, discutir, ver quem que a sociedade quer como candidato e reduzir o número de postulantes, porque se tiver muito candidato, como teve na última eleição, você acaba beneficiando um adversário. Em Ouro Branco, por exemplo, tivemos um prefeito eleito com 30% dos votos da cidade. Pulveriza muito, já que candidato tem dois, outro três, outro quatro votos e assim por diante. Então temos que ter responsabilidade na hora de escolher os postulantes, principalmente os partidos de oposição, de forma a acertar o alvo e definir o pré-candidato ideal para disputar contra o “Sansão”.
Jornal CORREIO: Você é pré-candidato a prefeito?
Perinho: As pessoas me perguntam muito isso, a comunidade, os partidos políticos perguntam muito se eu sou pré-candidato. Tenho maior orgulho de ser candidato, de poder ser, um dia, o gestor de nossa cidade, administrar nosso município, só que é preciso haver consenso entre as forças oposicionistas. Caso contrário, você entra sem condição de ganhar e já derrotado. Na última eu já desisti e fui vice, e mesmo assim me arrependo de ter sido vice, porque não adiantou de nada. Sabíamos que havia muitos postulantes, candidatos do sistema, aliados da atual gestão, o que acabou dificultando nossa caminhada. Coloco meu nome à disposição, desde que haja consenso entre a gente.
Jornal CORREIO: Vocês já estão se organizando, já que a eleição é em outubro e a campanha deve começar em agosto?
Perinho: Já estamos discutindo essa possibilidade com a comunidade e com os partidos de oposição. Vamos ter que fazer pesquisa nos próximos dias para avaliar intenção de voto de cada um. Já me coloquei à disposição para ajudar, colaborar e unir forças. Vejo outros colegas em condição de estar disputando a eleição também e participando. E torço para a hora que chegar o momento exato, entrarmos num consenso e ver quem é o melhor para disputar. Eu, com muita tranquilidade, estarei representando a maioria ou ajudando quem for o escolhido do grupo. Não podemos impor candidatura A ou candidatura B.
Jornal CORREIO: Como o senhor pode ajudar Ouro Branco, caso seja o pré-candidato a prefeito escolhido?
Perinho: Ouro Branco é uma cidade que tem um nível cultural elevado e as pessoas já estão cobrando um governo mais eficiente, que, de fato, represente nossa cidade. A comunidade está cobrando melhorias em todos os níveis, pedindo diálogo, interlocução. Precisamos de uma gestão mais participativa, que valorize nosso comércio, nossas empresas, e, sobretudo, as pessoas. Nossa meta é tirar o melhor de toda a equipe, apoiar a comunidade, ser parceiro, mostrar e celebrar as vitórias, comemorar metas atingidas e ter o coração aberto, essa vontade de realizar e crescer.
Quando você tira a politicagem do meio, e não deixa encher a prefeitura de contratados por políticos, você valoriza o funcionalismo público, o efetivo. Valorizando o funcionalismo público, você consegue melhorar e muito a gestão, porque são eles que estão ali há anos e sabem de cor os problemas da cidade. A gente, com esse carinho com eles, com OB, e com o coração aberto sem politicagem, conseguiremos fazer uma boa gestão. Você pode ver que a arrecadação de Ouro Branco é significativa e são muitas cidades que sonham em ter o que a gente tem. Há cidades aí que tem uma arrecadação muito menor do que a nossa e, às vezes, recebe paciente nosso para ser tratado, porque Ouro Branco, mesmo com arrecadação grande, não consegue ter um hospital atendendo bem, com referência. Então precisamos de gestão, de apoiar nosso funcionalismo público para poder fazer o melhor para o nosso povo.
Jornal CORREIO: Você citou a área da saúde. Que avaliação o senhor faz desse setor do município?
Perinho: Citei a Saúde, você também citou. A Saúde em Ouro Branco, nos últimos anos, foi um caos. Muito triste o que vem acontecendo e temos muito contato com a equipe que trabalha, com os médicos, e o que se escuta é deprimente. A Saúde de Ouro Branco foi o que mais entristeceu nossa comunidade. É preciso mudar tudo.
Jornal CORREIO: Além da Saúde, o que mais dá pra melhorar?
Perinho: Geração de renda, empregos e segurança. É o que mais precisamos, principalmente a geração de empregos. Precisamos atrair as empresas, criar condições de trabalho para poder estar gerando mais empregos.
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Postado por Redação, no dia 22/02/2020 - 13:24