Um crime ambiental de grandes proporções e o modus operandi de como aconteceu revoltaram a direção e a comunidade escolar do Colégio Queluz de Minas (CQM), que funciona na rua Aimorés, 52, no bairro Carijós (região Sudoeste). A direção do educandário culpa um vizinho da escola pelo crime, que foi denunciado ao Departamento do Meio Ambiente (DMA) e também à Polícia Militar Ambiental (PMA).
O fato aconteceu, segundo a diretora Mariléa Rubatino, num sábado de janeiro, quando a escola é cedida para uma faculdade particular do Rio de Janeiro. Nesse dia, de acordo com ela, um homem, supostamente um vizinho, teria invadido a escola, furado os troncos das árvores e colocado veneno em pedaços de toalha velhos. A ação foi registrada pelas câmeras de segurança e uma cópia foi enviada às autoridades junto com a denúncia.
A partir daí, conforme explicou Mariléa, as árvores começaram a amarelar e a perder folhas, o que deixou adultos e crianças muito tristes. “Temos aqui uma mangueira que tem mais de 100 anos e o que vemos é que ela foi “morta” de forma agressiva por causa de uma situação mal resolvida. Estamos prontos e abertos para o diálogo, trabalhamos com educação e por isso não comungamos e nem apoiamos iniciativas como essa”, disse a diretora, irritada com o episódio.
Mariléa explicou que vai levar o caso até o fim, para que os culpados sejam punidos e fatos como esse não venham a se repetir. “Se todas as pessoas começarem a agir assim, invadindo imóveis dos outros, para “matar” e cortar árvores e fazer justiça com as próprias mãos, o mundo estará acabado”, esclareceu, dizendo que procurou o acusado para tirar satisfação. “É um crime sem perdão e que merece ser punido”, ponderou Mariléa, chateada e irritada com a situação.
Alunos ouvidos pelo Jornal CORREIO também manifestaram tristeza com o ocorrido e disseram que, além dos frutos, as árvores “assassinadas” eram usadas para o lazer e educação física dos estudantes. “Usávamos as sombras das árvores para fazer o lanche e nos descansar nas aulas de educação física. Tínhamos também um contato próximo com a natureza e por isso ficamos muito tristes com o que aconteceu. Uma pessoas que faz uma coisa dessas com a natureza, pode fazer o mesmo com os seres humanos”, pontuou a aluna Maria Teresa, do ensino fundamental. Segunda ela, o acontecido chocou a comunidade escolar.
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Postado por Redação, no dia 22/02/2020 - 10:06