Os veículos off road, sejam eles motos, quadriciclos ou 4x4 (jeeps), quando utilizados em trajetos não urbanos precisam de uma direção totalmente diferente de quando utilizados dentro das cidades, lembrando que quadriciclos, por serem considerados equipamentos agrícolas, só podem trafegar em áreas urbanas caso estejam emplacados, não podendo trafegar em rodovias e o condutor deverá estar portando CNH categoria B.
Não devemos esquecer que as normas de trânsito vigentes no país devem ser continuamente respeitadas pelos praticantes de off road nas cidades ou fora delas.
A direção off road se torna diferente da urbana a partir do momento em que os praticantes começam trafegar em terrenos fora de estrada e a encontrar terrenos que podem ter diversas características diferentes em trechos dentro do mesmo trajeto.
Essa mudança de característica exige do piloto uma maior atenção e experiência na condução do veículo, experiência essa que será adquirida com o tempo e prática.
Uma boa forma de se conseguir essa experiência é praticar o off road em grupos que possuam pessoas mais experientes que, pelo espírito de companheirismo que todo bom trilheiro deve ter, poderão ensinar tudo o que se precisa aprender para uma condução segura e consequentemente uma diversão garantida.
Uma primeira e importante dica... o off road não é um esporte que se deva praticar sozinho. Procure andar em grupos de pelo menos três veículos, já que sempre estamos em áreas afastadas das cidades e do socorro caso esse se faça necessário. Os companheiros irão lhe socorrer ou procurar socorro, o que talvez você não consiga caso esteja sozinho. Em áreas não urbanas muitas vezes não se consegue sinal de celular o que também é um fator importante para prejudicar a velocidade da chegada do socorro.
Vamos dar algumas dicas de direção para alguns tipos de terreno que se pode encontrar nas nossas trilhas, passeios e/ou expedições.
Lama:
Ao se aproximar de um terreno inconsistente e enlameado deve-se aumentar a velocidade em marcha baixa (segunda ou terceira) e evitar acelerações exageradas que possam causar a patinagem do veículo. Dirigir muito rápido em tais condições pode gerar derrapagens e perda de controle. Porém, dirigindo muito devagar, você não estará utilizando o torque ideal do motor, prejudicando a tração e conseqüentemente perdendo velocidade. Em plena lama, as condições mais difíceis estão onde o terreno forma sulcos e buracos profundos. Nestas situações é aconselhável acelerar com pequenos solavancos evitando assim a falta de tração no barro que reduz a velocidade e provavelmente fará seu veículo atolar. Dirigir nos sulcos variando as acelerações e movendo o volante de um lado para o outro possibilitará que os pneus tenham uma maior tração evitando patinagens. Nunca tente esterçar para fora dos sulcos, deixando o volante solto. Sempre que possível verifique se os pára-lamas não estão cobertos por lama, pois isto não permitirá que o pneu elimine a lama de sua banda de rodagem.
Rocha :
A habilidade na condução do veículo em terreno rochoso está em manter-se no nível mais alto possível da região que se está atravessando. A força de torção é mais importante que a potência quando se percorre uma inclinação rochosa. Por isso, manter-se em primeira ou segunda marcha com uma relação baixa é a melhor coisa. Sempre utilizar velocidade alta para evitar que os pneus patinem. Principalmente nesse tipo de terreno é ideal que a calibragem dos pneus esteja mais baixa que a normal.
Areia :
Em situações com areia não compactada utilize uma relação 4x4 alta, o que lhe permitirá manter uma velocidade constante; porém, caso o veículo atole, utilize uma relação mais baixa. A areia não compactada e macia reduz muito a tração prejudicando a performance do veículo. Tenha em mente que velocidade contínua é sempre a melhor saída para este tipo de dificuldade.
Água :
Quando se tem que enfrentar a água é importante que as parte elétricas estejam bem protegidas. Uma boa idéia é aplicar uma graxa à base de silicone nas partes vulneráveis.
Lembre-se:
ð antes de atravessar riachos é importante inspecionar o percurso;
ð um rio com corrente forte é sinal de água não lamacenta; corrente fraca pode implicar limo macio e profundo;
ð verificar a profundidade da água e a presença de limo com uma pá ou qualquer coisa semelhante;
ð certificar que não existem buracos ou rochas grandes que possam ser obstáculos para a travessia;
ð observar atentamente as margens de entrada e saída do rio;
ð em alguns casos é interessante afrouxar a correia da hélice, evitando que a mesma trabalhe forçada pela água, o que pode danificá-la. Para se atravessar trechos alagados ou riachos deve-se sempre utilizar velocidade baixa e segunda marcha. Se no momwnto da travessia criar uma onda em frente ao veículo isto significa que o nível da água nesse ponto é mais alto. É importante ressaltar que neste momento cria-se um vão entre a onda e o veículo que serve como passagem para este, evitando-se que a água atinja frontalmente o motor. Aumentando a velocidade, a onda frontal se quebrará sobre o capô anulando o efeito;
ð logo após ter saído da água, deve-se sempre manter, por um pequeno período, o pedal de freio levemente pressionado com a finalidade de restaurar a eficiência dos freios;
ð Verifique se os pneus não sofreram danos durante a travessia;
ð Por último verificar se o radiador não está com lama e ou folhas na sua parte dianteira, pois isso prejudicará a troca de calor da água do motor.
Em buracos / erosões :
Evite forçar o jipe. Procure sempre a melhor passagem quando deparar com buracos e erosões. Não ande por dentro de rastros fundos, pois o diferencial poderá ficar preso. Aproveite os pequenos barrancos que se formam nas laterais da trilha para nivelar o jipe.
Em descidas fortes :
Use sempre a primeira marcha reduzida. Deixe o veículo descer sem acelerar. Não freie, pois poderá perder aderência e capotar. O freio-motor é mais eficiente nestes casos. Se sentir que o veículo está perdendo aderência, acelere levemente
Em subidas fortes :
Não acelere forte. Suba com calma, acelerando levemente para o veículo não patinar. Se puder entrar embalado com 2ª ou 3ª reduzida, melhor. Não use 1ª reduzida pois assim perderá o embalo e forçará muito o motor
Eventos off-road
Em nossa coluna teremos espaço para a divulgação de todos os eventos que envolvam o off road, estando à disposição para postarmos as informações passadas pelos organizadores dos mesmos através dos nossos canais de contato.
No dia 21/09 foram comemorados os oito anos de fundação do Esquadrão Off Road Lafaiete, que foi fundado em 08/08/2011.
Para comemorar a data os membros do grupo se reuniram e fizeram uma trilha leve pela região entre C.Lafaiete e Itaverava, terminando a festa com um delicioso churrasco no Sítio do Faisão onde foram muito bem recebidos pelos proprietários do mesmo.
Essa comemoração serviu para fortalecer os laços de amizade existentes entre os membros, amizade que é um dos pilares que sustentam a prática do off road.
Mais informações sobre o Esquadrão Off Road Lafaiete em https://www.facebook.com/EsquadraoLafaiete .
Próximos eventos:
Maiores informações com
Vitor H. Vidigal Eventos e Produções (31)99346-9276
Maiores informações em https://www.facebook.com/JeepClubeSantosDumont/
Outros eventos off road já estão programados até o final de 2019 e mais próximo das suas datas programadas daremos mais informações sobre os mesmos.
Venha você também praticar o off road. Um esporte que pode lhe proporcionar novas descobertas e novas amizades.
Para entrar em contato com a Caminhos de Minas Expedições Off Road e conhecer nosso trabalho temos os seguintes canais:
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SobreTarick de Vasconcellos Martins
Gestor da Caminhos de Minas e graduando em Engenharia de Produção pelo IFMG Campus Congonhas MG.
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Postado por Redação, no dia 12/10/2019 - 23:38