Inconformado com o desaparecimento de seu animal de estimação, um jovem casal procurou o Jornal CORREIO para tentar descobrir onde está Safira, uma gatinha siamesa, de 6 meses. Segundo afirma, o animalzinho sumiu após ter sido hospedado no “Central Pet”, em Lafaiete. “Deixei a Safira no Hotelzinho para animais no dia 2 de agosto, pois iria viajar, e combinei de buscá-la na noite de domingo, dia 4. Na data combinada, as funcionárias do hotelzinho me pediram que a buscasse no dia seguinte. Já na segunda-feira, informaram que minha gata havia desaparecido”, lamenta a dona, Késsia Leandra. Como foram orientados a procurar a delegacia regional, o caso pode virar ação judicial, já que um projeto de lei no plenário modificou o status jurídico dos animais, passando a tratá-los como seres passíveis de sofrimento.
Késsia já havia utilizado os serviços do hotelzinho anteriormente, e pela confiança adquirida, usou pela segunda vez. E afirma que não sabia que o estabelecimento não possuía alvará de funcionamento, conforme foi informada na prefeitura. “Se soubesse disso, teríamos evitado. Na segunda, simplesmente me disseram que a gata não estava lá. ‘Sumiu, não sei o que aconteceu’, falaram para mim. Em seguida, começaram a me oferecer outra gata: ‘Escolhe outra gata, te dou uma gata castrada, escolhe a raça que você quiser’. Isso não me convenceu muito, porque se o animal tivesse fugido, o comportamento delas seria outro”, desabafou a jovem.
Nos dias que se seguiram, segundo Késsia, a dona do estabelecimento se prontificou a fazer buscas pelo bairro e a realizar postagens na internet para que ajudassem a procurar o animal. “A dona do hotel falou que ia postar nas redes sociais, mas não se manifestou em nada, inclusive desativou a rede social da empresa dela. Não acredito que ela esteja procurando a Safira. Enquanto isso, nós procuramos em vários lugares, na esperança de que não tenha acontecido nada. Esperamos ainda encontrá-la bem. Estou bem triste, porque ela era minha companhia. Eu me sinto sozinha em casa. Minha esperança é de que ela ainda apareça”.
Ao procurar a vereadora, veterinária e ativista Carla Sássi, Késsia e o namorado, Matheus, foram orientados a conversar com o delegado Daniel Gomes de Oliveira. Isso porque, no dia 7 de agosto, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que modifica o status jurídico dos animais, fazendo com que eles deixem de ser considerados objetos e passem a ser reconhecidos como seres sencientes - dotados de natureza biológica e emocional e, portanto, passíveis de sofrimento. Isso permite a realização de uma ação judicial. “Queria entender o que aconteceu durante a hospedagem, antes de entrar com qualquer procedimento, pois ainda tenho esperanças de encontrar a minha Safira”, conclui. Quem tiver alguma notícia sobre a gata, pode entrar em contato pelo (31) 99976-4489.
Resposta do Hotelzinho
Ouvidas pelo Jornal CORREIO, as responsáveis pelo hotelzinho afirmaram que a gata desapareceu. Sobre as acusações feitas, alegaram que Késsia sabia da situação do estabelecimento, que já está com documentação na prefeitura para andamento do processo de liberação de alvará há 2 meses. “Presto serviços para os animais, e como não tenho empresa, deixo muito claro isso para todos os clientes. Sou adestradora de animais. Todos meus clientes sabem que estou começando agora. Há apenas 2 meses saí de uma outra empresa para montar a minha. Estou iniciando agora”, informa. Ela ainda afirma que, mesmo sendo informada sobre uma possível viagem, a estudante aceitou as condições de hospedagem do hotel. S.C. então deixou a gata sob os cuidados de sua mãe.
Logo após seu desaparecimento, S.C. afirmou que fez postagens nas redes para ajudar na busca pela gata, ofereceu novo animal de estimação e outros suprimentos para a estudante, que negou, na esperança de encontrar Safira. “Há cerca de 200 cartazes de busca e recompensa sendo produzidos na gráfica. Vamos seguir procurando”, afirma a dona do hotelzinho. Mesmo após as soluções propostas pelo hotel, S.C. disse que Késsia realizou postagens em redes sociais divulgando o nome da empresa e seu número de telefone. “As publicações, ao tomarem grandes proporções, nos levaram a apagar as redes sociais do estabelecimento e registrar boletim de ocorrência, alegando calúnia”.
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Postado por Redação, no dia 03/09/2019 - 10:12