Embora as autoridades sanitárias preconizem a vacinação como forma de proteção contra diversas doenças, o Brasil está vivenciando um movimento contrário. De acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), as oito vacinas obrigatórias até o primeiro ano de vida estão com cobertura abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é 90% a 95%. A cobertura vacinal para crianças com até 12 meses de vida, em 2018, variou de 74% a 89%.
E os efeitos já estão sendo sentidos. Chama a atenção de autoridades sanitárias o reaparecimento de doenças antes consideradas erradicadas, como o sarampo. Só em 2018, foram registrados 10.326 casos da doença. Com isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cancelou o certificado de eliminação da doença no Brasil.
Exatamente por isso, o Dia da Imunização, celebrado no domingo, 9 de junho, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de manter as principais vacinações em dia, diminuindo a probabilidade de contrair enfermidades como caxumba, sarampo, tétano, gripe, entre outras. A iniciativa se torna ainda mais necessária nos dias atuais, quando a circulação de fake news tem enfraquecido as campanhas de vacinação, conforme destaca a enfermeira supervisora da sala de vacinas do Ipsemg, Mônica Sena. “Com a diminuição dos riscos de transmissão de algumas doenças, as pessoas passaram a se preocupar mais com notícias equivocadas que circulam em redes sociais do que com a importância da vacinação. É importante ressaltar que todas as vacinas disponibilizadas são seguras”, afirma.
A enfermeira destaca, ainda, a importância de se seguir o calendário vacinal. “A imunização salva milhões de vidas. A vacina ainda é o melhor método para evitar doenças que já mataram milhões e que agora estão erradicadas, como a pólio e a varíola”, diz.
Vacina contra a gripe
Algumas pessoas afirmam que a vacina contra a gripe causa a doença e, por isso, não participam da campanha. A enfermeira esclarece que “a vacina da gripe é feita de vírus atenuado e fracionado, ou seja, morto e triturado. Então, não existe a possibilidade de a vacina causar a doença. A vacina demora de duas a três semanas para começar a proteção. O que pode ocorrer é a pessoa gripar neste meio tempo. A proteção dura de seis a 12 meses”
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Postado por Redação, no dia 21/06/2019 - 09:46